XXI ALAM
Resumo:910-1


Poster (Painel)
910-1Estudo in vitro da Atividade Antifúngica de Lectinas Vegetais Frente a Leveduras de Importância Clínica
Autores:Gabriel Baracy Klafke (FURG - Universidade Federal de Rio Grande / UFPEL - Universidade Federal de Pelotas) ; Gustavo Marçal Schmitt Garcia Moreira (UFPEL - Universidade Federal de Pelotas) ; Tchana Martinez Brandolt (FURG - Universidade Federal de Rio Grande) ; Juliano Lacava Pereira (FURG - Universidade Federal de Rio Grande) ; Tatiane Casarin (UFPEL - Universidade Federal de Pelotas) ; Melissa Orzechowski Xavier (FURG - Universidade Federal de Rio Grande) ; Tatiane Santi-gadelha (UFPB - Universidade Federal da Paraíba) ; Odir Antonio Dellagostin (UFPEL - Universidade Federal de Pelotas) ; Luciano da Silva Pinto (UFPEL - Universidade Federal de Pelotas)

Resumo

O crescimento da incidência de micoses em pacientes imunodeprimidos vem sendo acompanhado pelo aumento de resistência às drogas. Como consequência, eleva-se a necessidade da procura de novos compostos que possuem atividade antifúngica. Estas substâncias têm sido amplamente exploradas uma vez que existe uma crescente preocupação com a evolução das micoses, principalmente nosocomiais, para doenças sistêmicas. Entre as moléculas com esse potencial, destacam-se proteínas como as lectinas vegetais. Assim, o objetivo deste trabalho foi determinar o potencial antifúngico in vitro de seis lectinas extraídas de plantas frente à Candida albicans, Candida tropicalis, Candida parapsilosis, Cryptococcus gattii, Cryptococcus neoformans, Malassezia pachydermatis, Rhodotorula sp. e Trichosporon sp. A atividade antimicótica foi avaliada através do método de microdiluição em caldo de acordo com o protocolo M27-A2 do CLSI (CLSI, 2002). A inibição de 80% de crescimento leveduriforme foi considerada como a concentração inibitória mínima (CIM), enquanto que a concentração fungicida mínima (CFM) foi avaliada a partir de subcultivos das diluições. Apenas sobre C. parapsilosis foi observada atividade inibitória, sendo que a lectina de Abelmoschus esculentus apresentou a menor CIM (0,97 µg.mL-1) dentre as lectinas avaliadas; e a menor CFM foi obtida com as lectinas de Canavalia brasiliensis, Mucuna puriens, Clitoria spp. Os dados são promissores, pois demonstram inibição de uma levedura que embora não se mostre tão invasiva como a C. albicans, costuma apresentar baixa sensibilidade aos antifúngicos. Os resultados encontrados estimulam a realização de novos estudos com maior número de cepas leveduriformes para comprovação desta atividade antifúngica, a qual pode abrir perspectivas no desenvolvimento de um fitoterápico eficiente e de custo acessível.


Palavras-chave:  antifúngico, Candida, emergentes, lectinas, leveduroses