XXI ALAM
Resumo:900-1


Poster (Painel)
900-1AVALIAÇÃO DA VELOCIDADE DE CRESCIMENTO DE Pleurotus ostreatus CULTIVADO EM DIFERENTES RESÍDUOS LIGNOCELULÓSICOS
Autores:Endi Pricila Alves (UNIVILLE - Universidade da Região de Joinville) ; Styfanie Gonçalves de Lima (UNIVILLE - Universidade da Região de Joinville) ; Elisabeth Wisbeck (UNIVILLE - Universidade da Região de Joinville) ; Sandra Aparecida Furlan (UNIVILLE - Universidade da Região de Joinville)

Resumo

Os cogumelos do gênero Pleurotus pertencem a um grupo denominado “fungos de podridão branca” e possuem um complexo enzimático lignocelulotítico único que faz com que degradem uma variedade de resíduos lignocelulósicos. Na produção de cogumelos deste gênero, geralmente utilizam-se resíduos agroindustriais e primeiramente é necessário a obtenção do inóculo (spawn), que trata-se de um suporte sólido onde promove-se o crescimento micelial. Este crescimento é iniciado com a inoculação do suporte com discos de ágar contendo micélio fúngico previamente crescido em placas de Petri. Então este trabalho teve por objetivo substituir os grãos de trigo e o seu extrato, utilizados como suporte na produção e manutenção da cepa, respectivamente, por resíduos agroindustriais, neste caso os resíduos da cultura do palmito pupunha e da banana, abundantes da região Norte de Santa Catarina. Desta maneira, todo o processo produtivo de cogumelos utilizaria resíduo. Para a manutenção da cepa utilizaria-se a água de imersão dos resíduos. Utilizaria-se na confecção do spawn o mesmo resíduo utilizado no processo de produção de cogumelos em cultivo sólido. Assim sendo, os substratos teste foram as folhas (FP), a bainha (BP), bainha e folhas de pupunheira (BFP), as folhas de bananeira (FB) e os grãos de trigo (GT) como suporte para o spawn. Estes substratos foram avaliados em termos de velocidade de crescimento linear utilizando-se cilindros de vidro recheados com substrato. A água de imersão da bainha (AIBP), folhas (AIFP), bainha e folhas de pupunheira (AIBFP) e folhas de bananeira (AIFB) adicionadas de 20 g/L de glicose e 15 g/L de ágar, além do extrato de trigo, dextrose e ágar (TDA) foram testados como meio para manutenção do fungo em placas de Petri. Foi utilizado o método de crescimento radial para avaliar estes meios. Para o crescimento radial, o meio TDA se destacou como melhor meio para manutenção de P. ostreatus, apresentando a maior velocidade (8,9 mm/dia) e colonizou a placa em 5 dias. Porém, o meio AIFP (6,6 mm/dia), AIBFP (6,5 mm/dia) e AIFB (6,0 mm/dia), podem ser uma alternativa de substituição ao meio TDA, sendo que colonizaram as placas em 7 dias. Em aspectos visuais do micélio, esses meios apresentaram-se mais cotonosos que no meio TDA, sugerindo meios mais nutritivos para o fungo. Já para o crescimento linear, os grãos de trigo alcançaram maior velocidade de crescimento (6,7 mm/dia), porém não houve diferença estatística significativa para o substrato FB (6,6 mm/dia), podendo então as folhas de banana ser utilizadas em substituição aos grãos de trigo na produção do spawn


Palavras-chave:  P. ostreatus, velocidade de crescimento, crescimento radial, crescimento linear