Resumo

A utilização de células imobilizadas na biossíntese de produtos de interesse comercial como a goma levana, é uma alternativa promissora para aumentar a eficiência dos processos convencionais, que utilizam células livres no meio de fermentação. A levana é um polissacarídeo constituído de unidades de frutose unidas por ligações &betaβ (2,6) e pode ser produzida por vários microrganismos, dentre os quais, destaca-se a Zymomonas mobilis. Dentre os diferentes suportes existentes na literatura, a utilização de suportes poliméricos como o alginato e a quitosana têm apresentado resultados satisfatórios, como aumento da produção e maior proteção da biomassa frente às condições adversas do meio de cultivo. Diante disso, este estudo tem como objetivo, avaliar a produção de levana por células de Zymomonas mobilis CCT 4494 imobilizadas por aprisionamento em sistema híbrido de alginato e quitosana, utilizando temperatura de 30^°C, pH 7, concentrações de sacarose (15%, 25% e 35%), sem agitação do meio de cultivo durante os tempos de incubação (24, 48, 72 e 96 horas). As células da bactéria foram imobilizadas por meio do sistema híbrido de alginato-quitosana, sob gotejamento na solução de cloreto de cálcio. A levana, por sua vez, foi determinada por meio da hidrólise ácida, método indireto feito por meio da leitura de unidades de frutose, a densidade ótica de 540 nm, enquanto que a biomassa do caldo foi determinada por densidade ótica de 570 nm. Observou-se que a produção de levana, pela bactéria Zymomonas mobilis CCT 4494 imobilizada em esferas de alginato-quitosana, foi melhor em 72 horas de fermentação e concentração de 35% de sacarose (2,46 g/L). Já o melhor resultado de biomassa foi observado na concentração de 15% com o tempo de fermentação equivalente a 24 horas (0,8 g/L).