XXI ALAM
Resumo:895-2


Poster (Painel)
895-2Padronização de metodologia para diferenciar peças cerâmicas bactericidas das convencionais
Autores:Artur Smania Junior (UFSC - Universidade Federal de Santa Catarina) ; Fabio Albno Smania (UFSC - Universidade Federal de Santa Catarina) ; Elza de Fatma Albino Smania (UFSC - Universidade Federal de Santa Catarina)

Resumo

A higienização de superfícies, de ambientes domésticos e hospitalares, é necessária para a remoção de matérias orgânicas, incluindo os microrganismos que podem estar depositados sobre as mesmas. No entanto, atualmente muitos dos microrganismos presentes nos ambientes hospitalares são resistentes aos sanitizantes usados. Assim, a ação conjunta de sanitizantes com o efeito oligodinâmico de aditivos químicos, incorporados a pisos cerâmicos, pode resultar na redução significativa da população microbiana. Neste contexto, para que uma superfície cerâmica seja considerada como bactericida deve atender a dois requisitos: a) o número de microrganismos recuperados do piso bactericida, após 24 h de exposição desses ao mesmo, deve ser significantemente menor que o recuperado do piso convencional; b) o número de microrganismos recuperados, do piso bactericida no tempo 24 h, deve ser significantemente menor que o recuperado no tempo zero. Para atender ao objetivo do presente trabalho foram fabricadas peças cerâmicas com diferentes tipos e concentrações de aditivos químicos comerciais. A presença do aditivo químico nas cerâmicas e a sua composição foram comprovadas com o auxílio de microscopia eletrônica de varredura. Antes da realização do ensaio, os exemplares convencionais e os bactericidas, foram lavados com etanol a 70%, deixados sob luz UV, por 30 minutos e transferidos para recipientes estéreis. As superfícies dos mesmos foram contaminadas com suspensões de Escherichia coli ATCC 25922 e Staphylococcus aureus ATCC 25923, contendo aproximadamente 104 UFC/mL. Uma série dessas peças foi trabalhada imediatamente após a contaminação e outra série foi deixada por 24 h a 25oC, em ambiente umidificado. Para a recuperação dos microrganismos, as cerâmicas foram imersas em brain heart infusion (BHI) e deixadas à temperatura ambiente por 3 minutos, sob agitação. Após, uma alíquota do BHI foi transferida para Petrifilm, os quais foram incubados a 32oC por 48 h, em ambiente umidificado. Procedeu-se então, a contagem do número de colônias, foram registrados os números absolutos de UFCs recuperados de cada exemplar e foram feitos os cálculos descritos acima. As peças fabricadas com aditivos químicos, que continham na sua concentração inicial pelo menos 75% de prata, atenderam aos requisitos citados e foram confirmadas como bactericidas.


Palavras-chave:  Ceramica Bactericida, Efeito Oligodinamico, Aditivo Quimico, Atividade Antimicrobiana