XXI ALAM
Resumo:889-2


Poster (Painel)
889-2Epidemiologia molecular das beta-lactamases de espectro estendido ESBL e AmpC em Escherichia coli uropatogênica, na cidade de Quito – Equador.
Autores:Carlos Vinicio Chiluisa Guacho (IOC/FIOCRUZ - Instituto Oswaldo Cruz / INHMT"LIP"-RN - Instuto de Higiene) ; Polyana Silva Pereira (IOC/FIOCRUZ - Instituto Oswaldo Cruz) ; Thiago Pavoni Gomes Chagas (IOC/FIOCRUZ - Instituto Oswaldo Cruz) ; Liliane Miyuki Seki (IOC/FIOCRUZ - Instituto Oswaldo Cruz) ; Viviane Zahner (IOC/FIOCRUZ - Instituto Oswaldo Cruz) ; Marise Dutra Asensi (IOC/FIOCRUZ - Instituto Oswaldo Cruz)

Resumo

Escherichia coli é o principal agente causador de infecções urinárias e frequentemente tem sido associada à produção de beta-lactamases de espectro estendido (ESBLs). No Equador, até o momento não existem dados da distribuição e resistência genética por beta-lactamases em Enterobactérias. O objetivo deste estudo foi a caracterização genética das beta-lactamases tipo TEM, SHV, CTX-M e AMPC produzidas em E.coli uropatogênicas, em amostras obtidas na cidade de Quito – Equador, no período desde julho de 2010 até dezembro 2011. Foram analisadas 156 amostras coletadas nesse período, utilizando o método de disco aproximação (Jarlier) em ágar Muller Hinton e CLSI 2011 para detecção fenotípica da produção de beta-lactamases de espectro estendido (ESBLs), adicionando cefoxitina para detecção da beta-lactamases tipo AmpC. A detecção genotípica das beta-lactamases foi feita através de PCR para os genes blaTEM, blaSHV, blaCTX-M, blaAMPC. e realizou-se sequenciamento para os genes blaCTX-M e blaAMPC. Observou-se que 22.4%(35/156) das amostras apresentaram fenótipo de produção de beta-lactamases de espectro estendido; 7.7%(12/156) foram positivas para AMPC e 4.5%(7/156) foram positivas para todas as beta-lactamases. Na análise genética, 68.5%(24/35) foram positivas para SHV; 37.1%(13/35) positivas para TEM; 60%(21/35) positivas para CTX-M e 11,4%(4/35) para AMPC. O resultado de sequenciamento para os genes blaCTX-M revelou que 48.5%(17/35) foram CTX-M-15; 8.5%(3/35) CTX-M-14 e 2.8%(1/35) CTX-M-2. Em relação ao blaAMPCblaTEM, blaSHV, blaCTXM estavam presentes em 91,4%(32/35) das amostras com esse fenótipo, e o gene blaAMPC em 33.3%(4/12). Nas 7 amostras com fenótipo de resistência a todas as beta-lactamases, em 57.1%(4/7) foram observados os 4 genes pesquisados, sugerindo que outras beta-lactamases não pesquisadas e outros mecanismos como perda das porinas ou superexpressão de bombas de efluxo poderiam estar envolvidos na resistência. Em conclusão, este estudo enfatiza a resistência aos antibióticos, ressaltando a presença do gene blaCTX-M-15 responsável pela resistência aos antibióticos beta-lactâmicos de amplo espectro. Este estudo é um dos primeiros trabalhos de caracterização epidemiológica molecular das beta-lactamases na cidade de Quito-Equador.


Palavras-chave:  resistência, beta-lactamases, Escherichia coli