XXI ALAM
Resumo:881-2


Poster (Painel)
881-2Monitoramento prospectivo de Staphylococcus aureus oxacilina-resistente em ambientes clínicos odontológicos
Autores:Marcelo Fabiano Gomes Boriollo (UNIFENAS - Universidade de Alfenas - UNIFENAS / FOP/UNICAMP - Faculdade de Odontologia de Piracicaba - UNICAMP / UNIFAL - Universidade Federal de Alfenas - Unifal/MG) ; Jeferson Júnior da Silva (UNIFAL - Universidade Federal de Alfenas - Unifal/MG / UNIFENAS - Universidade de Alfenas - UNIFENAS) ; Jorge Kléber Chavasco (UNIFAL - Universidade Federal de Alfenas - Unifal/MG) ; Letízia Monteiro de Barros (UNIFENAS - Universidade de Alfenas - UNIFENAS) ; Bianca de Souza Moreira (UNIFENAS - Universidade de Alfenas - UNIFENAS / FOP/UNICAMP - Faculdade de Odontologia de Piracicaba - UNICAMP) ; Nelma de Mello Silva Oliveira (UNIFENAS - Universidade de Alfenas - UNIFENAS) ; José Francisco Höfling (FOP/UNICAMP - Faculdade de Odontologia de Piracicaba - UNICAMP)

Resumo

Staphylococcus aureus tem sido responsável por parte das infecções relacionadas com ambientes clínicos odontológicos e hospitalares. Um estudo prospectivo foi realizado nas Clínicas Odontológicas, da UNIFENAS, Alfenas/MG. Espécimes aéreas foram coletadas diretamente em placas de Petri contendo meio MSA (Mannitol Salt Phenol-red Agar) por 2h, estrategicamente dispostas em 134 pontos (2 turnos, 2 vezes ao mêsJul-Dez/08), totalizando 2.948 coletas. Após a incubação (37 °C/ 48h), colônias manitol+ (staphylococci) foram cultivadas em caldo BHI (Brain Heart Broth) a 37 °C por 24h. Espécies de S. aureus foram identificadas por coloração de Gram e testes de aglutinação, coagulase e DNAse. Isolados de S. aureus foram cultivados em caldo BHI a 37 °C por 2-8h, ajustados à escala 0,5 de MacFarland (1,5 x 108 UFC.mL-1) e inoculados em meio MHA (Mueller Hinton Agar), sublementado com NaCl 0,4% (m/v). Discos contendo oxacilina (1mg) e cefoxitina (30mg) foram aplicados nesses meios de cultura e, então, incubados a 37 °C por 24h, para a detecção de ORSA (Oxacillin-Resistant Staphylococcus aureus). Teste de triagem de resistência à oxacilina, sugestivo da presença do gene mecA, também foi realizado aplicando um inóculo bacteriano sobre o meio de cultura MHA, suplementado com NaCl 4% (m/v) e 6mg.mL-1 de oxacilina e, então, incubado a 33-35 °C por 24h. A interpretação dos resultados (R = resistente / S = sensível) foi realizada conforme os critérios previamente descritos (NCCLS/CLSI). Um total de 18.934 86% (1.721,3 ±1.043,5 por coleta) UFC manitol- e de 3.084 14% (280,4 ±149,2) UFC manitol+ foi identificado na maioria dos ambientes odontológicos (Pavimento A: Clínicas Integradas I e II, Profilaxia, Expurgo, Esterilização, Arquivos - Clínica Integrada, Sala de Professores, Recepção, Sala de Espera 1, Assistência Social, Revelação, Prótese e Corredores; Pavimento B: Odontopediatria, Centro de Reabilitação de Fissuras Lábio-Palatais e Deformidades Crânio-Faciais, Clínica de Bebês, Arquivos - Clínica Odontopediátrica, Sala de Espera 2 e 3 e Corredores). Destas últimas, 2.387 10,8% (217,0 ±135,7) UFC foram identificadas como S. aureus e 275 1,2% (25,0 ±22,1) UFC foram identificadas como ORSA. Os resultados justificam a implantação de barreiras de contenção nos diferentes ambientes clínicos odontológicos evitando-se a propagação de OSSA e ORSA, especialmente entre os pacientes e os acadêmicos/profissionais dentistas. Medidas educacionais e de eliminação ou máxima redução desses patógenos também devem ser adotadas como meios profiláticos e preventivos de possíveis processos infecciosos.


Palavras-chave:  Staphylococcus aureus, gene mecA, clínica acadêmica odontológica, ambiente aéreo, monitoramento prospectivo