XXI ALAM
Resumo:859-2


Poster (Painel)
859-2SELEÇÃO DE EXPLANTE E CONTROLE DA CONTAMINAÇÃO IN VITRO DE PLANTAS DE BARU (Dipteryx alata VOGEL, FABACEAE)
Autores:Wanderléia Rodrigues dos Santos (UNESP - Universidade Estadual "Júlio de Mesquita Filho") ; Léia Carla Rodrigues dos Santos (UNESP - Universidade Estadual "Júlio de Mesquita Filho") ; Antonio Flávio Arruda Ferreira (UNESP - Universidade Estadual "Júlio de Mesquita Filho") ; Heloiza Ferreira Alves do Prado (UNESP - Universidade Estadual "Júlio de Mesquita Filho") ; Aparecida Conceição Boliani (UNESP - Universidade Estadual "Júlio de Mesquita Filho") ; Luiz Lessi dos Reis (UNESP - Universidade Estadual "Júlio de Mesquita Filho")

Resumo

O barueiro (Dipteryx alata Vog.) é uma fruteira leguminosa com grandes potenciais econômicos e possui grande aceitação popular, além de ser uma espécie muito produtiva, seus frutos são de fácil armazenado, e sua obtenção é extrativista. A castanha do baru constitui uma fonte significativa de lipídios, proteínas além de fibras alimentares e minerais, indicada como matéria-prima para as indústrias farmacêuticas e oleoquímicas. Com o objetivo de determinar o explante mais adequado para desenvolvimento e conservação in vitro de Baru e uma metodologia para o controle da contaminação no estabelecimento, foi realizado um experimento para testar dois tipos de explante (semente e folha) e o efeito do tempo de tratamento do explante no hipoclorito de sódio (NaClO) para controle de contaminantes. O protocolo constituiu da lavagem das sementes e folhas em água corrente antes do tratamento de desinfestação com cinco concentrações de NaClO (2,5%): 1% (50 mL NaClO + 200 mL H2O), 2% (100 mL NaClO + 150 mL H2O), 3% (150 mL NaClO + 100 mL H2O), 4% (200 mL NaClO + 50 mL H2O) e 5% (250 mL NaClO +0 mL H2O) por 5, 10 e 15 minutos. Para as sementes, as avaliações de sobrevivência, contaminação e germinação foram realizadas aos 7, 15 e 30 dias após a inoculação das sementes em meio MS, e para as folhas, foi avaliada a sobrevivência e a contaminação aos 30 dias após a inoculação em meio MS, ambos os tratamentos realizados com 12 repetições. A partir dos resultados obtidos, pode-se afirmar que o explante mais indicado para propagação in vitro do baru é a semente, mesmo apresentando maior contaminação por fungos e bactérias do que as folhas. A menor contaminação das sementes ocorreu no tempo 5 minutos na dose 5% de NaClO, com 8,33% de contaminação por fungo e bactéria, e germinação média de 75%. No tempo 15 minutos a contaminação por bactéria só ocorreu aos 21 dias após a inoculação, fazendo-se acreditar na hipótese de que as colônias permaneceram latentes ou inibidas, onde a germinação média das sementes foi de 91,67 % neste tratamento. Destaca-se que as sementes avaliadas obtiveram alta porcentagem de germinação mesmo contaminadas por fungos, havendo assim, a possibilidade da presença de fungos endofíticos na semente. Verificou-se que a germinação das sementes foi menor que 75%, quando a contaminação bacteriana era de 16 e 25%. Nas folhas inoculadas, o tempo de imersão de 15 minutos controlou 100% das bactérias em ambas as doses de NaClO. O tratamento de 10 minutos foi o melhor com 91,76% de sobrevivência das folhas aos 30 dias após a inoculação e 100% de controle de microorganismos. Com isso, pode se concluir que o tempo de imersão e as doses influenciam na germinação das sementes e na sobrevivência de folhas de baru cultivadas in vitro.


Palavras-chave:  cultura de tecidos, assepsia, folhas, sementes, espécie nativa