XXI ALAM
Resumo:856-2


Poster (Painel)
856-2Detecção genotípica de enzimas modificadoras de aminoglicosídeos (AAC(3)-IIa, ANT(2´)-Ia e AAC(6´)-Ib) em cepas de Klebsiella pneumoniae produtoras de carbapenemases do tipo KPC de diferentes sequence types isoladas no Brasil.
Autores:Polyana Silva Pereira (LAPIH-IOC-FIOCRUZ - Laboratório de Pesquisa em Infecção Hospitalar-IOC- FIOCRUZ) ; Carlos Felipe Machado de Araújo (LAPIH-IOC-FIOCRUZ - Laboratório de Pesquisa em Infecção Hospitalar-IOC- FIOCRUZ) ; Carlos Vinicio Chiluisa Guacho (INMHT"LIP" - Instituto Nacional de Higiene Leopoldo Izquieta Perez / LAPIH-IOC-FIOCRUZ - Laboratório de Pesquisa em Infecção Hospitalar-IOC- FIOCRUZ) ; Viviane Zahner (LAPIH-IOC-FIOCRUZ - Laboratório de Pesquisa em Infecção Hospitalar-IOC- FIOCRUZ) ; Marise Dutra Asensi (LAPIH-IOC-FIOCRUZ - Laboratório de Pesquisa em Infecção Hospitalar-IOC- FIOCRUZ) ; Ana Paula D'alincourt Carvalho-assef (LAPIH-IOC-FIOCRUZ - Laboratório de Pesquisa em Infecção Hospitalar-IOC- FIOCRUZ)

Resumo

Klebsiella pneumoniae produtora de KPC tem sido considerada endêmica em diversos países. O gene blaKPC tem sido associado a genes que conferem resistência a aminoglicosídeos e quinolonas, reduzindo assim as opções de tratamento. Enzimas modificadoras de aminoglicosídeos (EMAs) têm sido bastante descritas em Enterobactérias, como: AAC(3)-IIa (acetiltransferase, associada a resistência a gentamicina); ANT(2’)-Ia (nucleotidiltransferase, resistência a gentamicina) e AAC(6’)-Ib (acetiltransferase de maior prevalência e relevância clínica, associada a resistência a amicacina). Este estudo objetivou detectar EMAs em 28 cepas de K.penumoniae produtoras de KPC de 17 sequence types, incluindo os STs mais prevalentes no Brasil (ST437 e ST11), resistentes a amicacina e/ou gentamicina, oriundas de 11 estados brasileiros de 2008 a 2010. A resistência foi determinada através de difusão em ágar. A detecção genotípica foi realizada através de PCR (aac(3)-IIa, ant(2´)-Ia e aac(6´)-Ib). Dentre as amostras, 58%(16/28) foram resistentes a amicacina e 85%(24/28) a gentamicina; sendo 42,5% resistentes a ambas. Observou-se o gene aac(6´)-Ib em 89,2% (25/28) das amostras; aac(3)-IIa em 60,7% (17/ 28); e o ant(2´)-Ia não foi encontrado. O gene aac(6´)-Ib confere resistência a amicacina e foi encontrado em 94% (15/16) das amostras com este fenótipo; já o gene aac(3)-IIa (resistência a gentamicina) em 70% (17/24) com este fenótipo, sugerindo que outros mecanismos de resistência, como presença de RNA metilases e superexpressão de bombas de efluxo, possam estar envolvidos. Nas 12 amostras resistentes a ambas as drogas, os genes aac(6´)Ib e aac3IIa foram encontrados em 11 e 6 amostras, respectivamente. Todas as amostras do ST437 (n=4) e ST11 (n=6) apresentaram o gene aac(3)-IIa; e 3 do ST437 e 5 do ST11 apresentaram aac(6´)-Ib. A presença dos dois genes simultaneamente foi detectada em 14 cepas, de 9 diferentes STs. Em nosso trabalho, enzimas modificadoras de aminoglicosídeos foram observadas, com alta prevalência, em cepas produtoras de KPC de diferentes STs. A presença desses genes, que usualmente se encontram em elementos genéticos móveis, se torna um grande problema devido a facilidade de disseminação e limitação das opções de tratamento.


Palavras-chave:  Klebsiella pneumoniae, KPC, AAC(3)-IIa, ANT(2´)-Ia, AAC(6´)-Ib