XXI ALAM
Resumo:850-1


Prêmio
850-1MANUTENÇÃO, RECUPERAÇÃO E VIABILIDADE DE BACTÉRIAS DE IMPORTÂNCIA PARA A AVICULTURA E SUINOCULTURA
Autores:Marni Lúcia Fracasso Ramenzoni (CNPSA - EMBRAPA SUÍNOS E AVES) ; Carla Resende Bastos (UFU - UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA) ; Mateus Lazzarotti (CNPSA - EMBRAPA SUÍNOS E AVES) ; Paulo Augusto Esteves (CNPSA - EMBRAPA SUÍNOS E AVES) ; Arlei Coldebella (CNPSA - EMBRAPA SUÍNOS E AVES) ; Cátia Silene Klein (CNPSA - EMBRAPA SUÍNOS E AVES) ; Nelson Morés (CNPSA - EMBRAPA SUÍNOS E AVES) ; Fernanda Bottaro de Oliveira Santos (CNPSA - EMBRAPA SUÍNOS E AVES)

Resumo

A Coleção de Microrganismos de Interesse para Suinocultura e Avicultura (CMISEA) foi credenciada, em 2009, como Instituição Fiel Depositária pelo CGEN. A CMISEA tem como objetivo principal identificar, caracterizar e armazenar vírus e bactérias importantes para as cadeias produtivas de suínos e aves, contribuindo para preservação, manutenção e disponibilidade de culturas puras, fundamentais para desenvolvimentos de novas vacinas, sendo substrato para padronização de diagnósticos mais precisos e padrão para novos isolamentos. Objetivou-se, então, descrever o método de recuperação, teste de viabilidade e armazenamento da Pasteurella multocida, (Pm). Para a recuperação dos microrganismos da coleção de trabalho foram retiradas amostras armazenadas a -70 °C entre os anos de 1984 e 2012. As amostras de Pm se encontravam em caldo infusão de cérebro-coração (BHI) com sangue. Os isolados foram descongelados e passados para ágar sangue, para que fosse avaliada a viabilidade, a morfologia da colônia e o crescimento. Após a avaliação da viabilidade da bactéria, o isolado foi testado frente aos testes confirmatórios. As pasteurelas foram confirmadas através de testes bioquímicos de rotina e ágar MacConkey. Após confirmação da pureza e viabilidade do isolado o mesmo foi depositado na coleção. As pasteurelas foram, então, semeadas em caldo BHI adicionado de sangue e armazenadas a -20 °C e -70 °C. Para avaliar a relação entre o tempo de estocagem e a viabilidade das amostras, foi ajustado um modelo de regressão logística aos dados e calculado, com base nas estimativas dos parâmetros desse modelo, o tempo máximo entre repiques para garantir viabilidade mínima de 90, 95 e 99% das amostras. Das 252 amostras de Pm processadas, com tempo de armazenagem entre 53 e 324 meses, 202 encontraram-se viáveis, resultando em viabilidade de 80,2%. Os resultados da análise de regressão logística, considerando o tempo de estocagem permitem demonstrar que para se obter viabilidade de 99% das amostras, os repiques deveriam ser realizados no mínimo a cada 18 meses. Já para viabilidades de 95% e 90% esse tempo deveria ser 85 e 115 meses, respectivamente. O meio de armazenagem utilizado na coleção de trabalho foi eficaz, mantendo mais de 80% dos isolados viáveis. Entretanto, recomenda-se um tempo máximo entre repiques de 85 meses, visando garantir viabilidade de no mínimo 95 % das amostras.


Palavras-chave:  Pasteurella multocida, CMISEA, preservação, repiques