XXI ALAM
Resumo:843-1


Poster (Painel)
843-1PRODUÇÃO DE XILANASES POR Penicillium chrysogenum USANDO RESÍDUOS AGROINDUSTRIAIS COMO SUBSTRATO
Autores:Cárol Cabral Terrone (UNESP - Universidade Estadual Paulista "Júlio de Mesquita Filho") ; Eleonora Cano Carmona (UNESP - Universidade Estadual Paulista "Júlio de Mesquita Filho")

Resumo

O xilano, uma classe de hemicelulose, constitui o segundo principal componente da parede celular das plantas. As xilanases (E.C. 3.2.1.8) atuam na hidrólise deste polímero, liberando xilooligossacarídeos. Estas enzimas podem ser aplicadas na decomposição de materiais lignocelulósicos, presentes em resíduos agroindustriais de origem vegetal, para a produção de biocombustíveis e de ração animal; também podem ser utilizadas nas indústrias têxteis, de alimentos e no biobranqueamento da polpa de papel. Dentre os diversos micro-organismos produtores dessas enzimas encontram-se os fungos filamentosos, principalmente os dos gêneros Aspergillus, Penicillium e Trichoderma . O objetivo deste trabalho foi avaliar a produção de xilanases por Penicillium chrysogenum quando cultivado em diferentes fontes de carbono e resíduos agroindustriais. Para isto, a referida linhagem foi cultivada em meio líquido de Vogel suplementado com diferentes fontes de carbono na concentração de 1,0% (m/v), em pH 5,0 a 28ºC. Culturas com 7 dias de idade foram filtradas e o filtrado foi utilizado como fonte de enzima. A atividade xilanase foi determinada, utilizando-se o substrato xilano de bétula a 1,0% (m/v) em tampão acetato de sódio 50 mM, pH 5,0 a 50ºC. Os açúcares redutores liberados foram quantificados com o reagente de ácido dinitrosalicílico. Uma unidade de atividade (U) foi definida como a quantidade de enzima capaz de liberar 1 µmol de grupos redutores por minuto. As maiores produções de xilanases ocorreram quando o fungo foi cultivado em farelo de aveia (4,56 U/mL), xilose (3,58 U/mL), bagaço de cana-de-açúcar (3,34 U/mL), sabugo de milho (2,74 U/mL) e bagaço de cevada (2,28 U/mL). Valores inferiores de atividade enzimática foram encontrados em cultivos com farelo de trigo (1,63 U/mL), xilano (0,46 U/mL), casca de laranja (0,24 U/mL) e glicose (0,15 U/mL). Não houve produção de enzimas xilanolíticas nos cultivos com Avicel e CMC. A influência da granulometria de bagaço de cana-de-açúcar e de bagaço de cevada sobre a produção de xilanases por Penicillium chrysogenum também foi avaliada. Os tamanhos das partículas avaliados foram 4-10 mesh, 10-18 mesh e 18-45 mesh. A maior produção de xilanases foi obtida em bagaço de cana-de-açúcar 10-18 mesh com valor de 4,23 U/mL. As demais granulometrias tanto com bagaço de cana-de-açúcar como com bagaço de cevada apresentaram valores inferiores de atividade variando de 1,02 a 2,99 U/mL.


Palavras-chave:  Enzimas xilanolíticas, Produção de enzimas, Resíduos agroindustriais, Penicillium chrysogenum