Resumo

O Streptococcus agalactiae é um dos principais agentes envolvidos na septicemia do recém nascido e em partos prematuros, podendo levar a morte. O objetivo deste estudo foi identificar a prevalência de Streptococcus agalactiae em gestantes. Foram coletadas amostras vaginais de mulheres entre a 35ª e 37ª semana de gestação, independente da presença ou não de fatores de risco, que realizaram o pré-natal nos PSF I, PSF II, e PSF III (Programa Saúde da Família), da cidade de Viradouro-SP, e da Clínica particular GIOM, da cidade de Barretos-SP. O trabalho foi submetido ao comitê de ética e pesquisa do UNIFEB, e os médicos responsáveis pela coleta aplicaram um questionário com perguntas fechadas e pré-codificadas, para cada gestante. O isolamento e identificação desse micro-organismo no laboratório foram realizados com auxílio de um kit específico (Probac) e teste enzimático PYR (Probac). Foram realizadas semeaduras das amostras em meio líquido Todd Hewitt suplementado com ácido nalidíxico (15 µg/mL) e gentamicina (8 µg/mL),e incubação por 24 h, a 37°C, em seguida, foram repicadas para o ágar Todd Hewitt sangue com uma fita impregnada com Staphylococcus aureus. A fita foi colocada no centro da placa e com auxílio de um swab foram realizadas estrias perpendiculares à fita, sem tocá-la, utilizando a mesma técnica da prova do CAMP Test. Foram incubadas à 37ºC, por 24 horas. As amostras que apresentaram crescimento em forma de seta foram submetidas ao teste de hidrólise do substrato (teste PYR, Probac) para confirmação. Das amostras analisadas, 11,1% foram isoladas Streptococcus agalactiae. Identificar gestantes colonizadas permite a implementação da quimioprofilaxia no início do trabalho de parto reduzindo significativamente a mortalidade e a morbidade de pacientes com esta infecção.