Resumo

No Brasil, o acesso à água com quantidade e qualidade necessária para o consumo a uma grande faixa da população ainda é um dos grandes problemas enfrentado pelo poder público. As duas principais fontes de obtenção de água para consumo humano são o sistema público coletivo e as soluções alternativas individuais. Esta última ocorre em regiões urbanas não atendidas pelo sistema público e na zona rural. Coleta de água diretamente de rios, lagos, represas, fontes naturais, poços escavados e artesianos, representam fontes alternativas individuais. Por exigência legal, a água natural para o consumo humano não deve apresentar risco à saúde do consumidor, portanto, microrganismos patogênicos devem estar ausentes. Escherichia coli é considerada o mais específico indicador de contaminação fecal recente, e de eventual presença de organismos patogênicos e a água para consumo humano, deve obrigatoriamente, não possuir coliformes fecais. O presente estudo foi realizado objetivando avaliar a qualidade bacteriológica da água de consumo humano, provenientes de fontes naturais. As amostras foram coletadas no período de 2005 a 2011, no município de Londrina, pertencente à região Norte do Estado do Paraná, sob a vigilância da 17ª Regional de Saúde. A técnica utilizada para detecção e quantificação de coliformes totais e E. coli foi do substrato cromogênico Colilert. Foram coletadas e analisadas 235 amostras de água e apenas 10 atendiam ao padrão de potabilidade bacteriológico estabelecido pela portaria 2914 do Ministério da Saúde no ano de 2011. Em 225 amostras foram encontrados coliformes totais e 181 amostras apresentaram também contaminação por E. coli. O resultado encontrado aponta o eminente risco que a população está submetida e a necessidade constante de monitoramento por parte dos órgãos competentes e também de adoção de medidas paliativas de tratamento destas fontes de água para o consumo humano.