XXI ALAM
Resumo:819-2


Prêmio
819-2O Emprego do Gene 16S rRNA como Ferramenta de Análise da Microbiota Intestinal de Camundongos Obesos e Portadores de Diabetes Mellitus Tipo 2.
Autores:Murillo Lino Bution (UNICAMP - Universidade de Campinas) ; Lício Velloso (UNICAMP - Universidade de Campinas) ; Márcio José da Silva (UNICAMP - Universidade de Campinas) ; Janaína Luisa Leite (UNICAMP - Universidade de Campinas) ; Wanderley Dias da Silveira (UNICAMP - Universidade de Campinas)

Resumo

A microbiota intestinal de mamíferos é caracterizada por sua elevada densidade populacional, diversidade e complexidade de interações. As células bacterianas superam as células dos animais hospedeiros por um fator de 10 e têm profundas influências nutricionais, processos fisiológicos e imunológicos no animal hospedeiro. Entretanto, nosso conhecimento das bases moleculares e celulares das interações hospedeiro-bactéria é limitado, embora criticamente necessário para determinar se e como a microbiota intestinal contribui para várias desordens entéricas em humanos e animais, como a obesidade e diabetes mellitus do tipo 2, estudada neste trabalho. Tradicionalmente, as bactérias da microbiota intestinal têm sido estudadas através de técnicas baseadas no cultivo, que nem sempre são capazes de suprir as demandas mínimas ao crescimento bacteriano e, portanto, atualmente não são usuais em muitos dos estudos envolvendo ecologia da microbiota intestinal. Recentemente, os resultados dos métodos de cultivos tem sido complementados com técnicas moleculares baseadas no gene 16S rRNA. Estas técnicas permitem a caracterização e quantificação da microbiota, ao mesmo tempo em que proporcionam meios de classificação para prever as relações filogenéticas. As escolhas destas abordagens moleculares dependem das perguntas a serem tratadas. Neste estudo em particular, bibliotecas de clones foram sequenciadas para identificar a composição da microbiota presente em camundongos sadios, obesos e portadores de diabetes mellitus do tipo 2, induzidos mediante dieta hiperlipídica fornecida ad libitum. Frequentemente conseguimos chegar ao nível de espécie, e utilizando sites de análise metagenômica (RDP e MG-RAST) comparamos o perfil da diversidade nas microbiotas em questão. A estrutura da comunidade microbiana também pôde ser analisada através da técnica de “fingerprinting”, neste caso, a técnica empregada foi a PCR-DGGE. Neste estudo, estas abordagens moleculares foram utilizadas para fornecer dados que pudessem contribuir para um melhor conhecimento das características existentes entre a microbiota intestinal de camundongos sadios, obesos e portadores de Diabetes mellitus do tipo 2.


Palavras-chave:  Microbiota Intestinal, MG-RAST, RDP, DGGE, Diabetes Mellitus do Tipo 2