XXI ALAM
Resumo:818-2


Poster (Painel)
818-2Estudo do efeito antibacteriano de extratos aquosos de goiaba (Psidium guajava L.) sobre alguns microrganismos contaminantes de alimentos
Autores:Marília Gonçalves Cattelan (UNESP - Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho) ; Doris Mönch (ALBSTADT-SIGMARINGEN - Hochschule Albstadt-Sigmaringen) ; Catharina Calochi Pires Carvalho (UNESP - Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho) ; Fernando Leite Hoffmann (UNESP - Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho)

Resumo

A suspeita sobre a toxicidade de alguns aditivos químicos e o abuso na utilização destes compostos têm propiciado um crescente interesse em pesquisas pela busca de compostos alternativos para um emprego racional como conservantes de alimentos. Nesse contexto, muitas plantas têm sido utilizadas devido às suas características antimicrobianas. A planta Psidium guajava L., conhecida como goiabeira, é uma árvore frutífera cultivada em países de clima tropical. Extratos de goiaba possuem atividade antimicrobiana demonstrada em estudos, o que indica uma opção viável e passível de emprego como um possível sistema de conservação de alimentos. Objetivou-se nesse trabalho a avaliação da ação antibacteriana in vitro de extratos aquosos de partes da goiaba sobre os microrganismos Escherichia coli (ATCC 8739), Salmonella typhimurium (ATCC 14028) e Staphylococcus aureus (ATCC 25923). As cepas foram mantidas em Ágar para Contagem Padrão, PCA, a 4•C e, então, reativadas overnight em PCA a 35•C. As culturas bacterianas foram padronizadas por meio da escala 0,5 Mc Farland, resultando em suspensões contendo 108 UFC⁄mL. A avaliação antimicrobiana in vitro foi efetuada pela técnica de difusão por disco, em ágar Müeller-Hinton, empregando-se extratos aquosos de casca, folha e polpa da goiaba. Os testes foram efetuados em triplicata. Os resultados da atividade antibacteriana frente a cada microrganismo foram avaliados empregando-se a análise de variância, ANOVA, com teste de Tukey (α=0,05). Os dados foram analisados empregando-se o software Minitab v.15™. Os resultados obtidos demonstraram que para Staphylococcus aureus não houve diferença estatisticamente significante (P=0,075) entre as médias dos halos de inibição obtidos. Por sua vez, para Salmonella typhimurium e E. coli os dados revelaram que houve diferença signifcativa (P<0,001), ao nível de 5%, para os halos de inibição resultantes, sendo que o extrato da casca da fruta não propiciou inibição das cepas e os demais extratos resultaram na inibição de ambos os microrganismos, porém sem diferença estatisticamente significante entre eles. Uma vez que extratos aquosos da goiaba apresentam atividade antibacteriana sobre alguns dos contaminantes mais comumente envolvidos em surtos alimentares, torna-se necessário estudos antimicrobianos detalhados em alimentos, principalmente em sistemas alimentícios.


Palavras-chave:  antimicrobiano, extrato aquoso, goiaba, inibição, preservação