XXI ALAM
Resumo:812-1


Poster (Painel)
812-1Perfil clínico e microbiológico de infecções de corrente sanguínea de natureza hospitalar em neonatos críticos
Autores:Daiane Silva Resende (UFU - Universidade Federal de Uberlândia) ; Anna Laura Gil Peppe (UFU - Universidade Federal de Uberlândia) ; Heloísio dos Reis (UFU - Universidade Federal de Uberlândia) ; Vânia Olivetti Steffen Abdallah (UFU - Universidade Federal de Uberlândia) ; Paulo Pinto Gontijo Filho (UFU - Universidade Federal de Uberlândia)

Resumo

Introdução: A sepse em neonatos críticos representa um problema importante de morbidade, mortalidade e custos, e no Brasil, como em outros países em desenvolvimento, o problema é ainda mais expressivo. Objetivos: Construir a curva endêmica da sepse de origem hospitalar, bem como determinar os indicadores epidemiológicos, etiologia e evolução em neonatos críticos. Material e métodos: A UTIN do Hospital de Clínicas da Universidade Federal de Uberlândia (HC-UFU) compreende 15 leitos e faz parte do Berçário de Alto Risco da instituição. Foi realizada vigilância epidemiológica para busca ativa de infecções utilizando o sistema “National Healthcare Safety Network” (NHSN) em neonatos internados na UTIN do HC-UFU, no período de janeiro/2011 a maio/2012. O trabalho foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da UFU. Resultados: No estudo, foram incluídos 425 neonatos, 127 com sepse. A sepse neonatal de origem hospitalar (≥48 h) foi a mais freqüente, com 91(71,6%) casos, totalizando 115 episódios (16,0/1000 paciente-dias; 21,9/1000 CVC-dias), na sua maioria (80,0%) diagnosticada com critério microbiológico, ao contrário da sepse precoce (8,3%). Nos neonatos com sepse de origem hospitalar, houve predomínio dos recém nascidos de baixo peso, 65,7% com peso ≤1500g (9,6/1000 paciente-dias; 13,1/1000 CVC-dias). Foram observadas diferenças nas taxas de sepse de origem hospitalar entre os meses de estudo, com períodos de hiperendemicidade correspondendo ao verão, indicativo de absteísmo de funcionários, resultando numa relação enfermeira: neonatos menor. Os principais patógenos isolados de sepse de origem hospitalar foram o Staphylococcus epidermidis (40,8%), outros Staphylococcus coagulase negativa (10,7%), S. aureus (11,8%), Klebsiella pneumoniae (7,4%), Escherichia coli e Candida spp. com 6,4%. A mortalidade foi de 20,8% dos casos de sepse hospitalar, sendo maior nos neonatos de baixo peso. Apoio financeiro FAPEMIG.


Palavras-chave:  Curva endêmica, Neonatos, Sepse