XXI ALAM
Resumo:809-2


Poster (Painel)
809-2AVALIAÇÃO MICROBIOLÓGICA E FÍSICO-QUÍMICA DO TRATAMENTO DO LODO GERADO NO PROCESSO DE POTABILIZAÇÃO DA ÁGUA PARA CONSUMO ATRAVÉS DO SISTEMA DE DESAGUAMENTO COM MANTA GEOTÊXTIL.
Autores:Tatiane Burgos (UEL - Universidade Estadual de Londrina) ; Cristiane Silveira (UEL - Universidade Estadual de Londrina) ; Paulo Schuroff (UEL - Universidade Estadual de Londrina) ; Nicole Lima (UEL - Universidade Estadual de Londrina) ; Marilucia Ludovico (UEL - Universidade Estadual de Londrina) ; Emilia Kuroda (UEL - Universidade Estadual de Londrina) ; Jacinta Pelayo (UEL - Universidade Estadual de Londrina)

Resumo

A potabilização da água realizada pelas estações de tratamento de água (ETAs) produz como resíduos o lodo acumulado nos decantadores e a água de lavagem dos filtros. Segundo a NBR 10.004⁄2004 o lodo é classificado como resíduo sólido e não deve ser disposto em corpos de água, uma vez que pode causar danos ambientais, devido à presença de produtos químicos, micro-organismos, partículas orgânicas e inorgânicas em sua composição. Este trabalho avaliou o tratamento de lodos provenientes de duas ETAs de Londrina-PR (A e B) pelo sistema de desaguamento em leito de drenagem com manta geotêxtil. Para cada amostra global da água drenada, constituída por volumes fixos de todas as amostras coletadas durante o experimento, e lodo de ETA, foram pesquisados os micro-organismos coliformes totais e Escherichia coli, pela técnica do substrato Colilert, Enterococcus spp e clostrídios sulfito redutores, por tubos múltiplos. Os parâmetros físico químicos Demanda Bioquímica de Oxigênio (DBO), Demanda Química de Oxigênio (DQO), turbidez, pH, cor aparente foram realizados segundo APHA, AWWA e WEF 2005. Na ETA A o número mais provável de micro-organismos NMP⁄100 mL encontrado no lodo foi: 6,6x105 coliformes; 9,8x104 E.coli; >2,4x103 Enterococcus e 2,4x105 clostrídios. Após o tratamento foi de: 3,4x104 coliformes; 6,4x102 E.coli; 9,3x101 Enterococcus e 9,3x103 clostrídios. No lodo da ETA B foi identificado NMP⁄100 mL: 3,7x106 coliformes; 3,1x101 E.coli; 2,3x102 Enterococcus e 4,6 x104 clostrídios. Após tratamento foi obtido NMP⁄100mL: 2,6x104 coliformes; 6,3 E.coli; 3,9x101 Enterococcus e 7,0x102 clostrídios. O lodo da ETA A apresentou: DBO 88 mg de oxigênio⁄L; DQO 4778,8 mg de oxigênio⁄L; turbidez 26700 NTU; pH 6,8 e cor aparente 90750 uH . Após o tratamento: DBO 9,7 mg de oxigênio⁄L; DQO 118,15 mg de oxigênio⁄L; turbidez 426 NTU; pH 6,85 e cor aparente 5000 uH. O lodo da ETA B teve DBO 27,3 mg de oxigênio⁄L; DQO 2614,6 mg de oxigênio⁄L; turbidez 25750 NTU; pH 6,93 e cor aparente 87500 uH no lodo. Após o tratamento DBO 11,4 mg de oxigênio⁄L; DQO 100,54 mg de oxigênio⁄L; turbidez 89,9 NTU; pH 6,99 e cor aparente 469 uH. Foi constatada a eficiência do sistema de tratamento resultando em produção de águas drenadas com qualidade compatível com corpos de água doce classes I e II estabelecidos pela Resolução 357⁄05 do Conama devido à redução da contaminação microbiológica e dos parâmetros físico químicos, minimizando assim, os danos ambientais.


Palavras-chave:  Estação de tratamento de água, lodo acumulado em decantador, micro-organismos, parâmetros físico-químicos, tratamento do lodo.