XXI ALAM
Resumo:799-1


Poster (Painel)
799-1Fatores de virulência e diversidade genética de cepas de Clostridium perfringens isoladas de frangos com enterite necrótica
Autores:Luis Llanco (ICB 2 - USP - Instituto de Ciências Biomédicas - USP - Depto Microbiologia) ; Viviane Nakano (ICB 2 - USP - Instituto de Ciências Biomédicas - USP - Depto Microbiologia) ; Antonio J. Piantino Ferreira (FMVZ-USP - Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia - USP) ; Mario Julio Avila-campos (ICB 2 - USP - Instituto de Ciências Biomédicas - USP - Depto Microbiologia)

Resumo

Clostridium perfringens é considerado o agente causal da enterite necrótica (EN) em frangos, uma doença grave que afeta a produção mundial avícola. As toxinas produzidas pelas cepas de C. perfringens são reconhecidas como o principal fator de virulência na patogênese da EN; não entanto outros fatores, como coccidiose ou dietas com alto conteúdo de fibras, podem alterar a imunidade da mucosa intestinal do hospedeiro e criar condições que facilitem a colonização bacteriana. Neste estudo, a toxinotipagem, susceptibilidade antimicrobiana, produção de neuraminidase e hemagglutinação (HA) foram determinadas, assim como, a relação genética entre as cepas de C. perfringens isoladas de frangos. Vinte e duas cepas foram isoladas, identificadas e toxinotipadas como toxinotipo A as quais se mostraram resistentes à sulfaquinoxalina. A produção de neuraminidase e HA foram observados em 86% e 27% das cepas, respectivamente. A análise por AP-PCR mostrou uma similaridade de 92% entre todas as cepas e estas foram agrupadas em 7 subgrupos. Entre esses, foram identificados 4 subgrupos clonais com características fenotípicas similares. Pelos valores das concentrações inibitórias mínimas foi possível distinguir os membros de cada subgrupo. Interessantemente, no subgrupo II foi detectado um grupo clonal formado por duas cepas de diferente origem. Para nosso conhecimento, a atividade de neuraminidase produzida por C. perfringens sobre eritrócitos de frango parecer ser o primeiro relato na literatura, e isto pode sugerir um importante papel na patogênese da EN. Também, sugere-se maiores estudos procurando-se determinar marcadores específicos de virulência associados à enterite necrótica, assim como para melhor definição da diversidade genética de Clostridium perfringens isolados de diferentes origens.


Palavras-chave:  Clostridium perfringens, Frangos, Enterite necrótica, virulência, diversidade genética