XXI ALAM
Resumo:789-2


Poster (Painel)
789-2Uso de biomassa fúngica para o tratamento de águas residuais com corante Azul Brilhante Reafix BFNG
Autores:Caroline Aparecida Vaz de Araujo (UEM - Universidade Estadual de Maringá) ; Jaqueline da Silva Coelho-moreira (UEM - Universidade Estadual de Maringá) ; Simone Mariano da Silva (UEM - Universidade Estadual de Maringá) ; Vander Silva Alves (UEM - Universidade Estadual de Maringá) ; Cristina Giatti Marques de Souza (UEM - Universidade Estadual de Maringá) ; Rosane Marina Peralta (UEM - Universidade Estadual de Maringá)

Resumo

As indústrias têxteis geram grandes volumes de efluentes coloridos, com elevada carga orgânica e compostos tóxicos ao homem e ao meio ambiente. Dentre os diversos tratamentos, os métodos biológicos têm despertado interesse. Para o tratamento de efluentes aquosos, os processos biossortivos são eficientes, pois tem alta seletividade, baixo custo relativo e bom desempenho de remoção. Diante disso, avaliou-se a capacidade de adsorção da biomassa (pellets) de Trametes sp tratada com o calor (121°C, 1atm por 20 min, biomassa morta) e posteriormente imersa em soluções ácida (H2SO4 0,1 mM), salina (NaCl 0,1 mM) ou básica (NaOH 0,1 mM) por 1 h. O tratamento também foi realizado com biomassa viva. Os pellets (1,6 g peso úmido) foram colocados em soluções do corante Azul Brilhante Reafix BFNG 10 mg/L, utilizado na lavanderia de jeans do município de Maringá (PR-BR), e mantidos sob agitação de 120 rpm por 24 h. A adsorção com biomassa morta tratada com H2SO4 foi mais efetiva e 96,35% do corante foi adsorvido (7,86 mg de corante/g biomassa seca). Os tratamentos salinos e básicos foram menos eficientes, 8,43% (0,7 mg de corante/g biomassa seca) e 14,46% (1,20 mg de corante/g biomassa seca), respectivamente. Os meios contendo biomassa viva sem tratamento reduziram a cor em 91,06% com pouca adsorção do corante pelo micélio, o que indica um processo de descoloração possivelmente enzimático. Nos meios com biomassa morta sem tratamento, a solução de corante foi reduzida em 15,09% (1,90 mg de corante/g biomassa seca). Nos meios contendo biomassa viva tratada com NaCl e NaOH, a redução da cor foi de 88,62% e 6,45%, respectivamente. Vários fatores influenciam nos processos biossortivos como a composição da parede celular do micro-organismo, pH, temperatura e concentração do poluente. A biomassa morta tratada pode aumentar a capacidade de adsorção. Estudos mostram que a imersão dos pellets em solução de H2SO4 pode formar espaços vazios entre as hifas miceliais e consequentemente aumentar a superfície de contato da biomassa com o corante. Enquanto que as soluções de NaOH podem unir as hifas dificultando o contato com o corante o que justificaria a baixa adsorção. Nossos resultados sugerem que biomassa morta de Trametes sp pós-tratada com solução ácida tem grande potencial de uso como biossorvente para o tratamento de efluentes têxteis aquosos. CNPQ/UEM.


Palavras-chave:  biossorção, corante, Trametes sp