XXI ALAM
Resumo:772-2


Poster (Painel)
772-2Avaliação da Bioaumentação (bactérias) em solo contaminado com a mistura B10.
Autores:Luisa Weber Mercado (UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul) ; Letícia Tramontini (UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul) ; Robson Andreazza (UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul) ; Fátima Menezes Bento (UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul)

Resumo

O biodiesel tem sido introduzido progressivamente ao diesel de petróleo e a mistura vigente no Brasil contém 5% do biocombustível. Em caso de derrames acidentais, a concentração de HTP (Hidrocarbonetos Totais de Petróleo) do local deve ser comparada com valores de referência indicados pelo órgão ambiental e, se forem encontradas concentrações de intervenção, a área deve receber obrigatoriamente tratamento para a descontaminação. A utilização do potencial metabólico de micro-organismos selecionados através da técnica de bioaumentação pode ser uma alternativa importante para acelerar o processo. O objetivo deste trabalho foi avaliar a eficiência na biorremediação de um solo contaminado pela mistura B10 através da estratégia de bioaumentação com bactérias previamente selecionadas de solos contaminados com combustíveis. Foram testados 5 isolados bacterianos quanto ao potencial de degradação utilizando meio mineral (MM1) com indicador redox 2,3,5 –trifeniltetrazólio (TTC) ou 2,6-diclorofenolindofenol (DCPIP) e a mistura B10 ( óleo diesel, com 50 ppm de enxofre e biodiesel com 70% soja e 30% sebo bovino) como única fonte de carbono. Para etapa de biorremediação, o solo foi coletado na camada superficial de um local sem histórico de contaminação. O ensaio foi realizado em microcosmos com 0,2 Kg de solo contaminado artificialmente com B10 a 20gHTP.Kg-1 solo, capacidade de campo de 80% durante 30 dias. Foram comparados os seguintes tratamentos: Bioaumentação (B) com introdução de um conjunto de bactérias (108 cels.g-1 solo); Atenuação Natural (AN), onde não foram acrescentados micro-organismos e Controle Negativo (CN) onde não houve adição de combustível. A estimativa da degradação e mineralização do B10 foi feita por Cromatografia Gasosa e respirometria, respectivamente. A partir do teste com TTC e DCPIP, foram selecionados os integrantes do inóculo que foi introduzido no tratamento B: Bacillus pumilus e Pseudomonas aeruginosa. No ensaio de Biorremediação, a produção de CO2 pela análise respirométrica foi maior nos tratamentos AN e B (p<0,05) o que evidencia a utilização do combustível pela microbiota, no entanto, o tratamento B não teve representativa degradação de HTP (10%), demonstrando que a introdução da microbiota exógena, mesmo selecionada previamente pelo potencial degradador, não foi eficiente para a descontaminação do solo nas condições testadas.


Palavras-chave:  Biorremediação, Bioaumentação, Biodiesel