XXI ALAM
Resumo:765-1


Poster (Painel)
765-1SELEÇÃO DE ACTINOBACTÉRIAS HIDROLÍTICAS ISOLADAS DA RIZOSFERA DE Combretum - CAATINGA
Autores:Guilhermy Victor Sousa de Araújo (UFPE - Universidade Federal de Pernambuco) ; Emerson Alves de Araújo (UFRPE - Universidade Federal Rural de pernambuco) ; Caroline Louise Diniz Pereira (UFPE - Universidade Federal de Pernambuco) ; Gláucia Manoella de Souza Lima (UFPE - Universidade Federal de Pernambuco) ; Itamar Soares de Melo (EMBRAPA - Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária Meio Ambiente) ; Janete Magali de Araújo (UFPE - Universidade Federal de Pernambuco)

Resumo

As hidrolases de origem microbiana possuem um importante papel em bioprocessos industriais, devido a sua relativa estabilidade e por reduzirem subprodutos tóxicos. Várias espécies de actinobactérias são amplamente investigadas em decorrência da produção de metabolitos secundários, tais como antibióticos e enzimas extracelulares. Desse modo, o estudo teve como objetivo avaliar e selecionar actinobactérias produtoras de enzimas hidrolíticas de interesse biotecnológico. Foram utilizadas 20 actinobactérias isoladas da rizosfera de Combretum da região da Caatinga, das quais 12 (60%) foram isoladas 37°C e 8 (40%) a 45°C. A atividade enzimática foi avaliada em meio de cultura sólido suplementado com: carboximetilcelulose (CMC) 1%, xilana 0,25%, pectina cítrica 1% e amido 0,2%. Os cultivos foram realizados nas mesmas temperaturas de isolamento durante cinco dias, e em seguida utilizado reveladores enzimáticos específicos para cada enzima: vermelho congo (0, 025%) para carboximetilcelulase, vermelho congo (0,5%) para xilanase, lugol para pectinase e iodo para amilase. Os resultados mostraram que 40% (8) dos isolados apresentaram atividade hidrolítica para todos os substratos testados, enquanto 55% (11) produziram pelo menos duas das quatro enzimas testadas e 5% (1) são negativas para estas enzimas. Também foi observado que 70% (14) das actinobactérias degradam CMC apresentando área de degradação variando entre 136,07 a 720,02mm²; 75% (15) degradaram xilana com área de degradação entre 238,44 a 1723,86 mm² e 80% (16) degradaram pectina com áreas de degradação entre 127,71 e 1262,63 mm². Os isolados testados apresentaram as menores áreas de degradação amilolítica que variou entre 126,39 a 713,04mm². A identificação das linhagens está em desenvolvimento e as primeiras investigações mostram que 25%(5) pertencem ao gênero Streptomyces. As actinobactérias em estudo mostraram relevante diversidade metabólica em degradar compostos de origem vegetal, indicando possivelmente um reflexo adaptativo para sobrevivência em um habitat escasso de nutrientes, como a Caatinga. Estas pesquisas mostram a potencialidade deste habitat revelando uma biodiversidade microbiana com potencial estratégico para o desenvolvimento biotecnológico.


Palavras-chave:  actinobactéria, biodiversidade, pectinase, rizosfera