XXI ALAM
Resumo:730-1


Poster (Painel)
730-1Primeiro relato de Pseudomonas aeruginosa produtora de KPC no Brasil
Autores:Paula Regina Luna de Araújo Jácome (UFPE - Universidade Federal de Pernambuco) ; Lilian Rodrigues Alves (UFPE - Universidade Federal de Pernambuco) ; Adriane Borges Cabral (UFPE - Universidade Federal de Pernambuco) ; Agenor Tavares Jácome Júnior (ASCES - Associação Caruaruense de Ensino Superior) ; Ana Catarina de Souza Lopes (UFPE - Universidade Federal de Pernambuco) ; Maria Amélia Vieira Maciel (UFPE - Universidade Federal de Pernambuco)

Resumo

Pseudomonas aeruginosa é a causa mais frequente de infecção respiratória em pacientes hospitalizados. Esta bactéria merece destaque devido ao amplo espectro de degradação de antibióticos, reduzindo as opções terapêuticas. A resistência aos carbapenêmicos têm se tornado preocupante, uma vez que estes são considerados tratamento de escolha para de cepas multidroga resistentes. Dentre os mecanismos de resistência aos carbapenêmicos, a produção de β-lactamase do tipo KPC (Klebsiella pneumoniae carbapemenase) é mais frequente em espécies da família Enterobacteriaceae, em especial em Klebsiella pneumoniae, no entanto, desde 2007, tem sido relatada em isolados de P. aeruginosa. Este trabalho teve por objetivo pesquisar o gene blaKPC em isolados nosocomiais de P. aeruginosa procedentes de cinco hospitais públicos do Recife coletados no período de 2006 a 2010. O perfil de susceptibilidade a antimicrobianos foi investigado utilizando o método de disco difusão padronizado pelo CLSI (2010). Os isolados resistentes aos carbapenêmicos foram submetidos à pesquisa de genes blaKPC. A investigação da relação clonal dos isolados de P. aeruginosa foi realizada utilizando o método de sequências consenso intergênicas repetitivas de enterobactérias (ERIC PCR). Durante o período da pesquisa foram obtidos 61 isolados de P. aeruginosa, cuja sensibilidade aos antimicrobianos variou entre 44,26% e 81,97%, para o aztreonam e polimixina B, respectivamente. Observou-se também que 4,92% dos isolados eram panresistentes e 54,09% multirresistentes, dos quais 34,14% eram sensíveis apenas a polimixina B. Dentre os 26 isolados resistentes aos carbapenêmicos, 7,69% foram positivos para o gene blaKPC. A tipagem molecular dos isolados revelou 21 perfis genéticos distintos. Os isolados KPC positivos pertenciam a um mesmo clone e eram procedentes do mesmo hospital, no ano de 2010. A detecção de P. aeruginosa KPC positivas ainda é rara em todo o um mundo, sendo esse o primeiro relato no Brasil.


Palavras-chave:  Pseudomonas aeruginosa, Carbapenemase, Brasil