XXI ALAM
Resumo:713-1


Poster (Painel)
713-1Eletroforese de enzimas multilocos e teste de virulência in vitro de Candida albicans e Candida dubliniensis provenientes da cavidade bucal de pacientes diabéticos
Autores:Marcelo Fabiano Gomes Boriollo (FOP/UNICAMP - Faculdade de Odontologia de Piracicaba - UNICAMP / UNIFENAS - Universidade de Alfenas - UNIFENAS) ; Thaísla Andrielle Silva (UNIFENAS - Universidade de Alfenas - UNIFENAS) ; Manoel Francisco Rodrigues Netto (FOP/UNICAMP - Faculdade de Odontologia de Piracicaba - UNICAMP) ; Nelma de Mello Silva Oliveira (UNIFENAS - Universidade de Alfenas - UNIFENAS) ; José Francisco Höfling (FOP/UNICAMP - Faculdade de Odontologia de Piracicaba - UNICAMP)

Resumo

Candida albicans e espécies relacionadas são encontradas de forma ubíqua e comensal na microbiota de cavidades (retal, bucal, vaginal, uretral, nasal, aural) e pele humana. Estas espécies são consideradas patógenos oportunistas capazes de causar infecções variando desde desordens mucocutâneas não comprometedoras ao individuo até doenças invasivas envolvendo quase todos os órgãos. Pacientes diabéticos podem apresentar sensibilidades às espécies de Candida, especialmente C. albicans, com elevados índices de candidíases bucal, e outras infecções fúngicas. A presente pesquisa investigou a diversidade genética e a virulência in vitro de C. albicans e C. dubliniensis da cavidade bucal de pacientes com diagnósticos de diabetes mellitus sob controle clínico. O estudo envolveu 54 pacientes atendidos nas Unidades de Atendimento do PSF-MS, Limeira/SP/Brasil. Espécimes bucais foram previamente isolados e identificados (CHROMagar CandidaTM, testes de crescimento a 42-45°C/24-48h e produção de clamidósporos). A diversidade genética foi avaliada empregando marcadores isoenzimáticos (MLEE) e análises de agrupamento, enquanto que a virulência in vitro foi analisada pelos testes de produção de aspartil proteinases (SAPs) e fosfolipases (PLs) usando meios de cultura microbiológicos específicos. Espécies de Candida foram observadas em 79,9% dos pacientes, sendo 70,4% deles colonizados por C. albicans com ou sem associação a outras espécies do gênero, incluindo C. tropicalis, C. krusei e C. dubliniensis. Um total de 84 linhagens (Electrophoretic Types - ETs) foi geneticamente caracterizado em 189 isolados de C. albicans e 6 isolados de C. dubliniensis. A maioria dos pacientes Candida–positivo (92,1%) compartilhou ETs não-idênticos, porém com alto grau de relacionamento genético, com pacientes diabéticos não-relacionados de modo familiar e independentemente do gênero (masculino e feminino). Entretanto, clusters pequenos e gênero-específicos foram também observados, os quais mostraram um padrão de colonização bucal monoclonal e/ou policlonal em cada paciente. Atividades exoenzimáticas de SAPs e PLs ocorreram em 100% e 92,6% dos isolados de C. albicans, respectivamente, e sem correlação com o gênero do paciente, ET ou clusters de isolados geneticamente relacionados (alto grau). Os resultados sugerem a ocorrência bucal de linhagens (ETs) estreitamente relacionadas e não-idênticas de C. albicans, capazes de produzir altos níveis de exoenzimas (forte potencial de virulência in vitro), na maioria dos pacientes portadores de diabetes mellitos não-relacionados familiarmente e sob controle clínico, independentemente do gênero.


Palavras-chave:  C. albicans, C. dubliniensis, diabetes mellitus, virulência in vitro, MLEE