XXI ALAM
Resumo:695-1


Poster (Painel)
695-1MONITORAMENTO DAS PRAIAS DA CIDADE DO RECIFE ATRAVÉS DE AVALIAÇÃO MICROBIOLÓGICA E CARACTERÍSTICAS VISUAIS 2010/2011
Autores:Albania Maria Claudino de Oliveira (PCR - PREFEITURA DA CIDADE DO RECIFE) ; Tereza de Fátima Souto Maior Sales (PCR - PREFEITURA DA CIDADE DO RECIFE) ; Elizabete Alves Cintra (PCR - PREFEITURA DA CIDADE DO RECIFE) ; Venúsia Bernardo da Silva (PCR - PREFEITURA DA CIDADE DO RECIFE) ; Marluce Batista dos Santos (PCR - PREFEITURA DA CIDADE DO RECIFE)

Resumo

INTRODUÇÃO: A utilização das praias para a prática de atividades de lazer sempre esteve presente na cultura humana e seu monitoramento torna-se necessário em função do crescimento desordenado da população e da expansão mal planejada das cidades. O Brasil enfrenta problemas básicos com saneamento e todas as suas conseqüências para a saúde, economia e bem estar da população. O Recife apresenta uma orla marítima com 8,6 Km de extensão, sendo uma importante referência para as atividades de lazer e turismo na Região Nordeste, merecendo atenção às condições de balneabilidade de suas praias. OBJETIVO: Monitorar as praias da cidade do Recife através de análises microbiológicas e visuais da água. MATERIAIS E MÉTODOS: Foram selecionados oito pontos da faixa litorânea (06 na praia de Boa Viagem e 02 na praia do Pina), onde foram coletadas amostras pela Vigilância Ambiental, aos domingos, durante 58 semanas consecutivas, utilizando-se frascos de vidro estéreis, mergulhados a uma profundidade 30 cm da superfície a uma isóbata de um metro, e transportados em caixas térmicas até o Laboratório Municipal de Saúde Pública. As análises visuais foram feitas no momento da coleta, observando-se: presença de materiais flutuantes, resíduos sólidos objetáveis, óleos e graxas, sinais de poluição por esgoto. Nas análises microbiológicas utilizou-se a técnica dos tubos múltiplos, tendo como indicador o número de E.coli e os resultados interpretados através das Resoluções CONAMA nºs 274, de 29/11/2000 e 357, de 17/03/2005. RESULTADOS E DISCUSSÕES: P-01, P-02, P-03: estiveram impróprios por contaminação microbiológica durante 04, 05 e 01 semana, respectivamente, e por contaminação visual por 15, 15 e 27 semanas; P-04, P-05, P-06: não apresentaram contaminação microbiológica acima dos padrões, mas estiveram impróprios por contaminação visual, em 21, 27 e 20 semanas, respectivamente; P-07, P-08: estiveram impróprios por contaminação microbiológica durante 38 e 35 semanas, respectivamente, e por contaminação visual por 42 e 45 semanas. CONCLUSÃO: A praia de Boa Viagem esteve própria para balneabilidade do ponto de vista microbiológico em 91,4% do período monitorado e 64% pelas características visuais; a praia do Pina esteve própria para balneabilidade (microbiológico) em 37% do período monitorado e 25% pelas características visuais; ocorreu variação na balneabilidade das praias, evidenciando o caráter heterogêneo dos trechos avaliados; é necessário promover educação ambiental a população conscientizando quanto ao lixo e detritos que possam oferecer riscos a saúde ou tornar desagradável a recreação; é necessário promover infraestrutura de saneamento nas localidades que apresentaram sinais de poluição por esgoto, pela possibilidade de transmitir enfermidades por via hídrica.


Palavras-chave:  MONITORAMENTO, BALNEABILIDADE, PRAIAS, MICROBIOLÓGICAS, CONTAMINANTES