XXI ALAM
Resumo:687-1


Poster (Painel)
687-1Diversidade genética do Mycobacterium leprae em pacientes com Hanseníase no município de Rondonópolis (MT): uma contribuição para o melhor entendimento da sua transmissão
Autores:Leticia Rossignolli de Lamano (ILSL - Instituto Lauro de Souza Lima / UNESP - Universidade Estadual Paulista "Julio de Mesquita Filho") ; Luciana Fachin (ILSL - Instituto Lauro de Souza Lima) ; Amanda Nogueira Brum Fontes (FIOCRUZ - Fundação Oswaldo Cruz) ; Andrea de Farias Fernandes Belone (ILSL - Instituto Lauro de Souza Lima) ; Somei Ura (ILSL - Instituto Lauro de Souza Lima) ; Philip Suffys (FIOCRUZ - Fundação Oswaldo Cruz) ; Marcos da Cunha Lopes Virmond (ILSL - Instituto Lauro de Souza Lima) ; Varalakshimi Vissa (CSU - Colorado State University) ; Ida Maria Foschiani Dias Baptista (ILSL - Instituto Lauro de Souza Lima)

Resumo

O município de Rondonópolis, em Mato Grosso é altamente endêmico para a hanseníase, apesar da existência de serviços qualificados para o diagnóstico e acompanhamento dos casos e a implementação da poliquimioterapia para tratamento e controle da doença. O estudo incluiu casos novos diagnosticados espontaneamente no Centro de Saúde Jardim Guanabara ou encaminhados pelas unidade de saúde locais. Contatos de casos novos foram convidados para realizar exame clínico. Foram coletados em questionários estruturados os dados de epidemiologia, história e localização do paciente e forma clínica. Um total de 250 pacientes foram diagnosticados e biópsias de pele foram então coletadas. Os pacientes com idade variando de 11 a 90 anos incluiu 132 homens e 118 mulheres. De acordo com a classificação operacional da Organização Mundial de Saúde, 92 pacientes eram paucibacilares e 159 multibacilares. A classificação Ridley Jopling clínico demonstrou uma forte tendência para o espectro tuberculóide [TT(n=92):BT(n=77):BB(n=51):BL(n=10):e LL(n=8), sem informação(n=12)]. A diversidade genética do M. leprae, foi determinada pela MVLA-VNTR e SNP, utilizando DNA extraído das biópsias de pele. Das 250 amostras analisadas em 17 loci VNTR, para cada lócus aproximadamente metade das amostras obtiveram informações dos alelos. Dos loci VNTR, 15 foram polimórficos (2-23 alelos), enquanto os loci 6-3a e 21-3 não o foram. O SNP 3 é predominante em um conjunto que foi analisado. Os dados faltantes em MVLA pode ser atribuído à alta proporção de casos tuberculóides (68% incluindo TT e BT), mas enquanto combinando todos os loci VNTR gera um elevado grau de resolução e cepas estreitamente relacionadas podem ser discernidas dentro de um maior nível de estrutura populacional, composta por poucos subgrupos. Este é o primeiro e maior estudo de seguimento de paciente com hanseníase, com informações bem definidas de regiões geográficas, demografia, clínica e dados de genótipos de M. leprae no Brasil. Outras informações estão em progresso para analisar a diversidade genética bacteriana quando sobreposta com atributos socioeconômicos, clínicos, étnicos e espaciais.


Palavras-chave:  M. leprae, Epidemiologia, MVLA-VNTR, STR, SNP