XXI ALAM
Resumo:681-3


Poster (Painel)
681-3Avaliação de Escherichia coli diarreiogênica de crianças idade em escolar sem diarréia: dados preliminares.
Autores:Miriam Rodriguez Fernandes (ICB 2 - USP - Instituto de Ciências Biomédicas - USP - Depto Microbiologia) ; Aline Ignacio (ICB 2 - USP - Instituto de Ciências Biomédicas - USP - Depto Microbiologia) ; Roxane F. Piazza (IBU - Instituto Butantan) ; Mario Julio Avila-campos (ICB 2 - USP - Instituto de Ciências Biomédicas - USP - Depto Microbiologia) ; Viviane Nakano (ICB 2 - USP - Instituto de Ciências Biomédicas - USP - Depto Microbiologia)

Resumo

Escherichia coli constitui um grupo de bactérias não patogênicas que faz parte da microbiota intestinal de humanos e animais, sendo a principal bactéria facultativa presente no intestino. Durante o processo de evolução da E. coli alguns clones adquiriram genes de virulência, que estão contidos em ilhas de patogenicidade e em plasmídios, que lhes proporcionaram novas adaptações e capacidade de causar um amplo espectro de doenças. Escherichia coli diarreiogênicas (DEC) compreendem um grupo de patógenos associado à infecção intestinal tanto em crianças como em adultos, e é classificado em seis patótipos, de acordo com seus mecanismos de virulência específicos, síndromes clínicas, sorotipos O:H, aspectos epidemiológicos e/ou tipos de interações com linhagens celulares. Os patótipos de E. coli diarreiogênicas são: E. coli enteropatogênica (EPEC - eae), E. coli enteroinvasora (EIEC - ipaH), E. coli enteroagregativa (EAEC - aggr), E. coli enterotoxigênica (ETEC - LT e ST) e E. coli produtora de toxina de Shiga (STEC – stx1 e stx2), E. coli enterohemorrágica (EHEC – eae, stx1 e stx2). Sendo assim, o objetivo desses estudo é avaliar a presença E coli diarreiogênica em crianças sem diarréia Desta forma foram avaliadas 30 amostras de fezes evacuadas naturalmente de crianças em idade escolar de 3 - 9 anos, sem sintomas de diarréria ou uso recente de antimicrobianos nos últimos 3 meses. As amostras foram isoladas em ágar MacConkey sendo feita a identificação presuntiva através do meio EPM-Mili e confirmado o gênero/espécie por PCR utilizando primers 16S rRNA. As linhagens patogênicas de E. coli foram identificadas através de PCR multiplex pela presença dos respectivos genes de virulência. Nossos resultados mostraram que das 30 crianças selecionadas: 3 foram negativas para E. coli 16S e 27 foram positivas. Destas 27 crianças, 99 cepas de E. coli foram detectadas, sendo 73 (73,7%) diarreiogênicas e 26 (26,3%) não diarreiogênicas. Das cepas positivas foi verificado os seguintes patotótipos: EAEC 3 (4,1%), STEC 7 (9,6%), EPEC 14 (19,2%) e ETEC 49 (67,1%). Os dados parciais desse estudo mostraram maior prevalência de ETEC e EPEC confirmando com dados da literatura. Entretanto serão necessários mais estudos sobre os fatores de virulência desses patótipos e sua relação com o hospedeiro como portador assintomático.


Palavras-chave:  Escherichia coli diarreiogênica, Crianças sem diarréia, PCR multiplex, Escherichia coli enterotoxigênica, Escherichia coli enteropatogênica