XXI ALAM
Resumo:667-3


Poster (Painel)
667-3Avaliação da apoptose em células Hep-2 infectadas por Ureaplasma diversum
Autores:Aline Teixeira Amorim (UFBA - Universidade Federal da Bahia) ; Hellen Braga Martins (UFBA - Universidade Federal da Bahia) ; Maysa Barbosa (UFBA - Universidade Federal da Bahia) ; Izadora de Souza Rezende (UFBA - Universidade Federal da Bahia) ; Ewerton Ferraz Andrade (UFBA - Universidade Federal da Bahia) ; Guilherme Barreto Campos (USP - Universidade de São Paulo) ; Mariluze Peixoto Cruz (UFBA - Universidade Federal da Bahia) ; Regiane Yatsuda (UFBA - Universidade Federal da Bahia) ; Jorge Timenetsky (USP - Universidade de São Paulo) ; Lucas Miranda Marques (UFBA - Universidade Federal da Bahia / USP - Universidade de São Paulo)

Resumo

Muitos micro-organismos responsáveis pelo desenvolvimento de patologias possuem mecanismos de virulência os quais desestabilizam as funções normais das células do hospedeiro. Infecções por certos patógenos, como os da classe Mollicutes, podem levar a alterações nas vias apoptóticas. Para melhor entendimento da correlação parasita-hospedeiro, o presente estudo objetivou avaliar a invasão de Ureaplasma diversum em células Hep-2, bem como a capacidade de ativação da apoptose por períodos de 24, 48 e 72 horas. Para isso, foram utilizadas cinco cepas de U. diversum e células Hep-2. Para avaliação da invasão dos ureaplasmas, realizaram-se o teste da gentamicina e microscopia confocal, por períodos de 24, 48 e 72 horas. Para avaliação da apoptose, foi realizada a quantificação das células apoptóticas por meio de citometria de fluxo com kit de coloração Alexa® Fluor 488, expressão gênica do gene anti-apoptótico Bcl-2 e das caspases 2, 3 e 9 por meio da RT-PCR e a quantificação de TNF-α por meio de ELISA. A microscopia confocal revelou que U. diversum possui a capacidade de invadir células. Por meio do teste da gentamicina, observou-se que a taxa de invasão dos micro-organismos foi maior após 72 horas de infecção. Na avaliação da apoptose, observou-se que entre 24 e 48 horas, o número de células apoptóticas aumentou em comparação com células não infectadas. Entretanto, entre 48 e 72 horas, houve uma diminuição do número de células apoptóticas e aumento do número de células viáveis. Os dados da expressão gênica revelaram que houve maior expressão das caspases 2, 3 e 9 no período de 24 horas de infecção. Os valores de expressão foram menos expressivos após 48 horas, e ainda menores após 72 horas de infecção. Não houve diferença significativa na expressão gênica de Bcl-2. Por meio da análise do ELISA, foi observado que as células produziram maior quantidade de TNF-α após 24 horas de infecção, mas os valores foram decrescentes após 48 e 72 horas de infecção. A partir dos dados analisados, observou-se que U. diversum levou à indução da apoptose, principalmente no início da invasão, mas após um período maior de contato, houve uma alteração desse perfil, sendo observado um aumento da sobrevida das células. Contudo, estudos posteriores são necessários para melhor elucidação dos mecanismos envolvidos na interação entre o patógeno e as células do hospedeiro.


Palavras-chave:  Apoptose, Células Hep-2, citometria de fluxo, expressão gênica, ureaplasma diversum