XXI ALAM
Resumo:665-1


Poster (Painel)
665-1FUNGOS BASIDIOMICETOS PARA A BIOACUMULAÇÃO DE FERRO
Autores:Suzana Harue Umeo (UNIPAR - Universidade Paranaense - Discente do Mestrado da UNIPAR) ; Daniel Cardoso Morais (UNIPAR - Universidade Paranaense - Acadêmico do Curso de Farmácia) ; Paola Silva Frison (UNIPAR - Universidade Paranaense - Acadêmico do Curso de Farmácia) ; Douglas Cardoso Dragunski (UNIPAR - Universidade Paranaense - Docente do Mestrado da UNIPAR) ; Juliana Silveira do Valle (UNIPAR - Universidade Paranaense - Docente do Mestrado da UNIPAR) ; Nelson Barros Colauto (UNIPAR - Universidade Paranaense - Docente do Mestrado da UNIPAR) ; Giani Andrea Linde Colauto (UNIPAR - Universidade Paranaense - Docente do Mestrado da UNIPAR)

Resumo

Fungos basidiomicetos possuem a capacidade de concentrar ou de bioacumular metais em suas estruturas. Sendo assim, o presente trabalho tem como objetivo avaliar a capacidade de bioacumulação de ferro no micélio de fungos basidiomicetos visando identificar aqueles que possuem alta capacidade de bioacumulação de ferro para o desenvolvimento de produtos biotecnológicos com alto valor agregado. Vinte e cinco linhagens de fungos basidiomicetos foram transferidas para ágar extrato de malte (20 g L-1) contendo zero ou 50 ppmbu de ferro. O crescimento foi realizado a 28 ± 1°C no escuro por 28 dias. O micélio foi removido pelo aquecimento do meio de cultivo, lavado, seco a 60 °C e o conteúdo de ferro determinado em Espectrofotômetro de Absorção Atômica de Chama. Todos os fungos cresceram na presença de 50 ppm de ferro. A. blazei apresentou alta variabilidade quanto à bioacumulação. Quando não houve adição de ferro no meio de cultivo A. blazei U4-4 apresentou maior concentração de ferro (181,0867 mg g-1) e A. blazei U4-1 apresentou a menor concentração de ferro (36,8700 mg g-1). L. edodes (U8-1) apresentou boa bioacumulação de ferro atingindo 58,1490 mg g-1. As bioacumulações intermediárias foram obtidas para S. commune (U6-7) e P. ostreatus (U2-11) com 33,5113 e 24, 2170 mg g-1, respectivamente. Demais linhagens não apresentaram resultados significativos para bioacumulação de ferro. A adição de 50 ppm de ferro ao meio de cultivo aumentou a bioacumulação de ferro no micélio para todas os linhagens. A. blazei U6-3 bioacumulou 14.698,2142 mg g-1 de ferro, já para P. ostreatus (U6-9) o valor foi de 3.197,6809 mg g-1 e S. commune (U6-7) de 1.165,7366 mg g-1. Os resultados mostraram que a adição de 50 ppm de ferro no meio de cultivo aumentou a bioacumulação de ferro e não promoveu toxicidade para os fungos. A bioacumulação de ferro no micélio foi entre 467,8695 e 14.698,2142 mg g-1 . Assim, para atender as necessidades diárias recomendadas, de cerca de 14 mg dia-1, seria necessário o consumo de 0,9524 mg de micélio de A. blazei. Concluímos que a linhagem de Agaricus blazei U6-3 possui maior capacidade de bioacumular ferro possuindo alto potencial para o desenvolvimento de produtos biotecnológicos enriquecidos com ferro servindo de base para o desenvolvimento de novas pesquisas nas indústrias farmacêuticas e de alimentos.


Palavras-chave:  bioacumulação, ferro, fungos basidiomicetos, micélio