Resumo

As esponjas de banho são materiais de higiene que promovem a esfoliação da pele gerando uma limpeza mais profunda. Com o advento da sustentabilidade e a procura por materiais renováveis e menos poluentes, a população passa a adotar a esponja vegetal (Luffa cylindrica) como escolha de produto natural. A indústria também engajada nesse processo promove a transformação da, popularmente chamada, bucha em diversos segmentos cosméticos, agregando valor a este produto. Assim, esta também é a escolhida como objeto desse estudo. Porém, pouco se informa sobre a melhor utilização das esponjas de banho. Pesquisadores revelam que a esponja pode ser um objeto transmissor de bactérias. O objetivo deste trabalho foi investigar a presença de fungos dermatófitos em esponjas de banho vegetal (Luffa cylindrica) em uso; esses são fungos que se nutrem da queratina da pele e eventualmente causam micoses. Foram obtidas, aleatoriamente, amostras de esponjas vegetais doadas independente de idade, sexo, profissão e naturalidade dos indivíduos. Essas amostras foram colocadas em tubos de Falcon contendo caldo Sabouraud dextrose e antibióticos (para evitar crescimento bacteriano) e actidione® (para inibir o crescimento de fungos anemófilos). Posteriormente, 500 mL deste caldo foram incubados em ágar DTM, específico para dermatófitos. Após até 21 dias de incubação foi obsevado o crescimento e os fungos foram separados em leveduras e fungos filamentosos. As leveduras foram identificadas por meio cromogêneo e microcultivo que foi observado em microscópio óptico com objetiva de 40X. A presença de pseudohifas caracterizou o gênero Candida sp. e a de clamidoconídeo confirmou Candida albicans. A confirmação de Candida glabrata se deu pela ausência de esporulação. Os fungos filamentosos foram manipulados através da técnica de esgarçamento, utilizando a morfologia fúngica para a identificação obtendo o isolamento de Trichoderma sp. e Acremonium sp.