XXI ALAM
Resumo:651-1


Poster (Painel)
651-1Aspectos epidemiológicos da hanseníase no município de Santa Maria, RS, Brasil, no período de 1970 A 2007
Autores:Bianca Vendruscolo Bianchini (UFSM - Universidade Federal de Santa Maria) ; Vanessa Albertina Agertt (UFSM - Universidade Federal de Santa Maria) ; Vanessa da Costa Flores (UFSM - Universidade Federal de Santa Maria) ; Jaciane Baggiotto Marques (UFSM - Universidade Federal de Santa Maria) ; Tanise Vendruscolo Dalmolin (UFSM - Universidade Federal de Santa Maria) ; Caren Rigon Mizdal (UFSM - Universidade Federal de Santa Maria) ; Marli Matiko Anraku de Campos (UFSM - Universidade Federal de Santa Maria) ; Roberto Christ Vianna Santos (UNIFRA - Centro Universitário Franciscano)

Resumo

A hanseníase é doença infecciosa crônica causada pelo Mycobacterium leprae. A predileção pela pele e nervos periféricos confere características peculiares a esta moléstia. A doença manifesta-se em dois pólos estáveis e opostos (virchowiano e tuberculóide) e dois grupos instáveis (indeterminado e dimorfo). Em 1997, a Organização Mundial da Saúde (OMS) estimou que aproximadamente 2 milhões de pessoas em todo o mundo foram infectados com M. leprae. Em 2003, o Brasil teve o segundo maior número de casos do mundo e o maior número de casos notificados na América Latina. O objetivo deste trabalho foi um estudo epidemiológico da hanseníase no município de Santa Maria, RS, Brasil, de 1970 a 2007. Foi realizado um estudo descritivo e retrospectivo com os dados pertencentes ao Laboratório de Tuberculose e Hanseníase do Departamento de Saúde do Município de Santa Maria, RS, que realiza o diagnóstico e notifica todos os casos de hanseníase ocorridos no município. Foram analisados 144 registros positivos no período do estudo. As maiores taxas de positividade foram na década de 80 e a faixa etária mais acometida foi de 40 a 49 anos. O maior número de casos positivos foi encontrado para hanseníase tuberculóide e os homens foram os mais afetados. Além disso, encontrou-se um grande número de casos de hanseníase lepromatosa, que é a responsável direta pelo estigma do isolamento dos pacientes devido a deturpação facial. O M. leprae não cresce em meios de cultura, o que torna o diagnóstico complexo. O conhecimento sobre a epidemiologia da hanseníase é de suma importância para o crescente desenvolvimento de novas técnicas de diagnóstico e tratamento, dadas as dificuldades atuais. Com base nestes resultados um controle mais rigoroso da doença pode ser feito, lutando contra a sua propagação e colaborando para a sua erradicação.


Palavras-chave:  epidemiologia, hanseníase, Mycobacterium leprae