XXI ALAM
Resumo:636-1


Poster (Painel)
636-1RESISTÊNCIA A ANTIMICROBIANOS DE ESCHERICHIA COLI ISOLADAS DE PRAIAS DO MUNICÍPIO DE UBATUBA, LITORAL NORTE DO ESTADO DE SÃO PAULO
Autores:Graziele Cristina Stradiotto (UNESP - Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho) ; Thais Leandra Siems (UNESP - Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho) ; Wagner Ferreira Villano (USP-FFLCH - Universidade do Estado de São Paulo) ; Ana Julia Fernades Cardoso de Oliveira (UNESP - Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho) ; Célia Regina Gouveia (IG - INSTITUTO GEOLOGICO-SMA-SP)

Resumo

A resistência bacteriana é um problema crescente no mundo todo, gerado por processos de seleção consequentes ao uso massivo de antibióticos. O despejo de efluentes domésticos e daqueles provenientes de ambientes fortemente seletivos para cepas resistentes tais como hospitais, indústrias, atividades veterinárias, aquicultura, entre outros, tem levado a um aumento da distribuição e da frequência de genes bacterianos de resistência, inclusive em ambientes aquáticos. O objetivo do presente trabalho foi analisar a resistência de Escherichia coli, isoladas de três praias de Ubatuba (Fortaleza, Perequê- Mirim e Enseada) a agentes antimicrobianos, relacionando a existência de cepas resistentes à degradação ambiental. As coletas são feitas mensalmente desde Fevereiro/2011. Para crescimento e cultivo de Escherichia coli foi utilizada a técnica de Membrana Filtrante com meio mTEC. As colônias selecionadas foram confirmadas através do teste da uréase e aquelas consideradas positivas foram isoladas em Agar BHI para realização dos testes de resistência a antimicrobianos pelo teste de disco difusão. Os resultados obtidos até o momento mostraram que, nas três praias analisadas, tanto para as amostras de água quanto para as de areias, 100% das colônias de Escherichia coli foram consideradas resistentes aos nove antibióticos utilizados (amoxicilina + ácido clavulânico, ampicilina, ciprofloxacina, eritromicina, estreptomicina, gentamicina, rifampicina, tetraciclina e vancomicina). As altas frequências de resistência obtidas no presente estudo podem refletir a ocorrência de despejos de efluentes com maior aporte de carga orgânica. Até o momento não foi observada relação entre frequência de resistência e estado de degradação do ambiente. A presença de plasmídeos carregadores de genes de resistência em algumas espécies já foi documentada há muito tempo no ambiente marinho, estes podem ser transferidos e selecionar espécies resistentes. Estes resultados podem indicar a ocorrência de contaminação microbiológica das águas e areias destas praias.


Palavras-chave:  Escherichia coli, Resistência, Água, Areia