Resumo

INTRODUÇÃO: A substituição de corantes sintéticos pelos de origem natural mostra-se uma alternativa frente aos inúmeros relatos de toxicidade e restrições cada vez mais severas das legislações em relação às suas quantidades permitidas. Além disso, estudos têm revelado que essas substâncias apresentam inúmeras atividades biológicas, como antioxidante, antineoplásica e antimicrobiana. Tendo em vista a importância de buscar novos pigmentos naturais, esse trabalho teve por objetivo caracterizar quimicamente um pigmento vermelho produzido por Penicillium 3NV12 isolado do solo Amazônico. MATERIAIS E MÉTODOS: O pigmento vermelho obtido a partir fungo Penicillium 3NV12 através de bioprocesso em caldo Sabouraud foi separado da biomassa por filtração. Para verificar a polaridade do composto, dois mL de hexano foi adicionado ao filtrado contendo o pigmento e, em seguida, foi coletado, separando-se a fração. O mesmo ocorreu com acetato de etila e por último com butanol. Na cromatografia em camada delgada (CCD), fez-se o spot de cada uma das frações obtidas (hexano, acetato de etila, butanol e água). A fase móvel utilizada foi butanol: etanol: água (3:5:2). A análise do UV/VIS foi executada nos comprimentos de onda entre 320 a 700 nm.DISCUSSÃO DOS RESULTADOS: Houve maior concentração do pigmento em butanol, o que nos permite concluir que se tratar de uma substância de alta polaridade. O spot vermelho apresentou (Rf 0,5). A análise no espectro UV/VIS do pigmento vermelho mostrou uma máxima absorbância em 520 nm, a qual está em conformidade com os achados de absorbâncias de outros pigmentos vermelhos produzidos por fungos descritos na literatura, como os produzidos por Monascus spp e Penicillium purpurogenum. CONCLUSÃO: Algumas características químicas da substância puderam ser reveladas através desse estudo. Contudo, outros trabalhos podem ser realizados para a elucidação da sua estrutura química e busca por atividades farmacológicas.