Resumo

Staphylococcus aureus está entre os principais agentes etiológicos da mastite bovina. A identificação rápida e confiável das estirpes de S. aureus é de estrema importância para o diagnóstico e tratamento adequado. Diversas metodologias de identificação estão descritas na literatura. Contudo, nem todas possuem a mesma sensibilidade e especificidade. A identificação bioquímica é baseada em testes fenotípicos que caracterizam o metabolismo microbiano. O Staphy-Test® é um kit comercial de aglutinação que utiliza hemácias de carneiro sensibilizadas, e que detecta a proteína A e o “clumping factor” presentes na membrana celular do S. aureus. A amplificação do gene sa-442 através da PCR é específica para a espécie. O objetivo do presente estudo foi comparar os métodos de identificação de S. aureus por aglutinação e pela técnica de PCR. Foram utilizadas 117 estirpes identificadas como S. aureus através de provas bioquímicas (teste da catalase, coagulase, fermentação do manitol, verificação da produção de acetoína e utilização da maltose e trealose) isoladas de leite bovino com mastite. A confirmação da espécie foi realizada através do kit Staphy-Test® (Probac do Brasil) e da amplificação do gene sa-442 pela PCR. O produto final da reação da PCR foi visualizado em gel de agarose 2% através da eletroforese. Do total de 117 amostras identificadas previamente, 94% foram confirmadas como S. aureus por ambas as metodologias. Isso significa que 6% das amostras teriam sido identificadas erroneamente, se o diagnóstico tivesse sido baseado apenas nos testes bioquímicos. Neste estudo, verificou-se que os dois métodos foram eficientes para a confirmação da espécie. Com isso, evidenciou-se que o Staphy-Test® é uma ferramenta eficaz para um diagnóstico rápido e sensível, além de ser uma técnica simples e que não requer mão de obra especializada. Já a PCR, apesar de apresentar alta especificidade e sensibilidade, é uma técnica mais laboriosa que necessita de equipamentos sofisticados e técnicos treinados.