XXI ALAM
Resumo:570-1


Poster (Painel)
570-1Chromobacterium sp. na Bacia Hidrográfica do Rio da Várzea - RS
Autores:Ricardo Eugenio Dill (UFSM - Universidade Federal de Santa Maria) ; Pâmela de Brum Soares (UFSM - Universidade Federal de Santa Maria) ; Alessandra Loureiro Morassutti (PUC-RS - Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul) ; Sabrina Zancan Peripolli (UFSM - Universidade Federal de Santa Maria) ; Terimar Ruoso Moresco (UFSM - Universidade Federal de Santa Maria)

Resumo

A Chromobacterium violaceum é classificada como uma Beta-proteobactéria, Gram-negativa, aeróbica facultativa, com formato de bastonete, organismo de vida livre com metabolismo versátil. É uma bactéria potencialmente patogênica, muitas vezes negligenciada, com diversos relatos de infecções e óbitos ao redor do mundo. Estando presente em diferentes ecossistemas aquáticos, no Brasil foi primeiramente encontrada nas águas do Rio Negro, pertencente ao ecossistema da Floresta Amazônica. Relatos posteriores indicaram sua presença em mais dois ecossistemas: Floresta Atlântica e Savana Brasileira. No Rio Grande do Sul foi evidenciada a sua presença no Rio dos Sinos, região metropolitana de Porto Alegre, no ano de 1984,concomitantemente o registro do primeiro caso cromobacteriose na América do Sul após a vitima ter se banhado nas águas do rio. Considerando a falta de informações atuais de sua presença nos rios que banham a região Noroeste do estado, faz-se necessário verificar a existência de Chromobacterium sp. na Bacia do Rio da Várzea. Para tanto, amostras de água foram coletadas dos rios Macaco, da Várzea, Caturetê e do Mel. Estas diluídas e plaqueadas em meio PCA (Agar Para Contagem) e incubadas a 30±2°C por 24-48 h. As colônias, com pigmento violeta, foram selecionadas e isoladas em caldo LB (Luria-Bertani), mantidas a 30±2°C sob agitação a 150 rpm, pelo período de 24-48 h. Após o isolamento foram realizados ensaios para a sua identificação através dos testes bioquímicos, os quais incluíram: oxidase, catalase, motilidade, CO2, indol, ágar sangue, ágar Mac Conkey e ágar TSI. Seguido de ampliação por PCR do gene spaO, que é onipresente e altamente conservado entre C. violaceum, independente da origem geográfica e fonte de isolamento. De posse dos resultados obtidos dos testes bioquímicos e moleculares, constatou-se a presença de Chromobacterium sp. em todos os rios analisados. Esta evidência representa um problema de saúde pública, visto que infecções causadas por essa bactéria tem alto índice de mortalidade, pois a dificuldade de diagnóstico e a falta de antibióticoterapia adequada agrava a infecção. Em conclusão, a existência dessa bactéria deve ser divulgada aos profissionais da saúde para que, ao realizarem o diagnóstico de doenças infecciosas, cogitem estar a C. violaceum dentre as possíveis bactérias causadoras de tal enfermidade.


Palavras-chave:  Chromobacterium violaceum, Rio Grande do Sul, Infecção, Microbiologia Ambiental