XXI ALAM
Resumo:557-2


Poster (Painel)
557-2BIOFILMES DE Staphylococcus sp. PROVENIENTES DE TANQUES REFRIGERADORES DE LEITE NA REGIÃO DE PELOTAS/RS
Autores:Bárbara Ponzilacqua Silva (UFPEL - Universidade Federal de Pelotas) ; Tony Picoli (UFPEL - Universidade Federal de Pelotas) ; Tainá Thiara Soares Gonçalves (UFPEL - Universidade Federal de Pelotas) ; João Luiz Zani (UFPEL - Universidade Federal de Pelotas) ; Geferson Fischer (UFPEL - Universidade Federal de Pelotas)

Resumo

Biofilme bacteriano é definido como uma comunidade, associada de maneira complexa, fixadas a superfícies bióticas ou abióticas, inclusas em uma matriz extracelular de substâncias poliméricas. Sua formação ocorre com uma adesão inicial seguida por proliferação e acúmulo de células. Em medicina veterinária, biofilmes são importantes na etiologia das mastites em bovinos, onde bactérias como Staphylococcus aureus, formadores de biofilme, tornando uma infecção crônica e de difícil resolução. Esse objetivou quantificar a formação de biofilmes por Staphylococcus sp. Foram identificadas 75 cepas de Staphylococcus provenientes do leite de tanques da região de Pelotas/RS, sendo 32 S. aureus, 17 S. intermedius e 26 Staphylococcus coagulase negativa. Cada cepa foi cultivada em 3 ml de caldo triptona soja (TSB) por 24 horas a 37ºC. As suspensões foram ajustadas para conter 105 UFC por ml, e alíquotas de 0,2 ml foram transferidas para poços de placas de poliestireno com 96 cavidades com fundo chato e essas incubadas por 18 horas a 37ºC. As placas sofreram 3 lavagens com 0,2 ml de PBS, pH 7,2, e secas à 60ºC por uma hora. Após, os poços foram repletos de solução de cristal-violeta 1% por 1 minuto e lavados com água destilada por 3 vezes e secos à temperatura ambiente. A densidade óptica (D.O.) dos biofilmes aderidos foi lida com um leitor para ELISA em comprimento de onda de 570nm. Caldo TSB estéril foi usado como controle negativo. Cada estirpe foi testada em duplicada e o teste foi repetido 2 vezes. Os valores da densidade óptica foram tomados como a média das leituras. A intensidade de cor nos poços indicou aderência bacteriana e foi agrupada em três categorias sendo: não aderente (D.O. < 0,120nm), fraca aderência (D.O. 0,120 a 0,240nm) e forte aderência (D.O. > 0,240nm). De todas as cepas, 17 foram classificadas como não aderente, sendo todas Staphylococcus coagulase negativa. 42 cepas foram classificadas como fraca aderência, sendo 9 Staphylococcus coagulase negativa, 17 S. intermedius e 16 S. aureus. Com forte aderência, foram classificadas 16 cepas de S. aureus. As D.O. médias de cada agente foram: S. aureus (0,272nm), S. intermedius (0,143nm) e Staphylococcus coagulase negativa (0,129nm). Os resultados obtidos mostram a maior capacidade dos Staphylococcus coagulase positiva em formar biofilme em especial S. aureus que segundo a literatura, é a espécie mais patogênica do gênero. Concluímos que é de extrema importância controlar esses agentes na produção leiteira, pois causam danos físicos ao animal e se mantém viáveis no tanque de refrigeração, representando risco à saúde do consumidor, caso o leite seja ingerido sem tratamento adequado.


Palavras-chave:  biofilmes bacterianos, qualidade de leite, saúde