XXI ALAM
Resumo:555-2


Poster (Painel)
555-2Degradação de polissacarídeos vegetais por leveduras isoladas de ninhos de Acromyrmex balzani (Hymenoptera: Formicidae)
Autores:Weilan Gomes da Paixão Melo (UNESP - Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho) ; Silvio Lovato Arcuri (UNESP - Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho) ; Paula Benevides de Morais (UFT - Universidade Federal do Tocantins) ; Fernando Carlos Pagnocca (UNESP - Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho)

Resumo

O fungo mutualista Leucoagaricus gongilophorus cultivado pelas formigas da tribo Attini é responsável pela produção de enzimas extracelulares que degradam o material vegetal transportado para o interior dos ninhos. Esta atividade permite a sua penetração no interior dos tecidos e gera nutrientes de fácil assimilação para todos os organismos presentes. Além do fungo mutualista, bactérias e leveduras presentes nos ninhos também contribuem para a degradação dos tecidos vegetais. Neste trabalho analisamos a degradação de polissacarídeos vegetais, ligninas e lipídeos por leveduras isoladas de jardim de fungo e do material orgânico descartado de ninhos da formiga cortadeira Acromyrmex balzani. A formação de halos de hidrólise ao redor das colônias indicou a produção de enzimas (celulase, pectinase, poligalacturonase, amilase, xilanase, ligninase e lipase) e consequente degradação dos polímeros, ligninas e lipídeos. As leituras foram realizadas após cinco dias de incubação a 25°C. Das 133 leveduras isoladas, verificamos que 101 (76%) hidrolizaram pelo menos um dos constituintes do tecido vegetal testados, sendo que 91 (90%) se originaram de material de descarte e 10 (9,9%) de jardim de fungo. As espécies Aureobasidium pullulans, Cryptococcus mangaliensis, Hanaella luteola e <>iKwoniella mangroviensis foram prevalentes. Nenhum isolado conseguiu degradar todos os polissacarídeos e, dentre os positivos, 26,7% degradaram apenas um polissacarídeo, 32,6% degradaram dois, 19,8% degradaram três e 10,8% degradaram quatro polissacarídeos. Neste último grupo encontramos as espécies Aureobasidium pullulans e Pseudozyma jejuensis. A xilana foi degradada por 67,3% dos isolados e ácido poligalacturônico, pectina, celulose, amido, lignina e lipídeos foram degradados por 48,5%; 46,5%; 26,7%; 19,8%; 11,9% e 42,6% dos isolados, respectivamente. As leveduras podem estar contribuindo com suas enzimas para degradar os polímeros da planta e produzir nutrientes de mais fácil assimilação para sua própria sobrevivência, bem como para outros micro-organismos e também para as formigas, as quais não ingerem alimento sólido. Esta ação lítica permanece após o descarte do substrato, contribuindo para a ciclagem de nutrientes no solo. Instituição de fomento: CNPq, FAPESP


Palavras-chave:  Formigas cortadeiras, Polissacaridases vegetais, Leucoagaricus gongilophorus