Resumo

A farinha de linhaça constitui um subproduto resultante da trituração de sementes inteiras de linhaça que é a semente do linho. Trata-se de um tipo de grão bastante nutritivo, sendo constituído principalmente de fibras, ácidos graxos e proteínas. Devido ao seu alto valor nutricional este se torna predisposto a colonização de microrganismos patogênicos e deteriorantes. O processo de trituração do grão da linhaça visa a melhoria da qualidade, na questão de facilitar a absorção dos seus nutrientes pelo organismo; porém esse mecanismo termina por fragmentar a casca protetora do grão, expondo desta forma os nutrientes antes internalizados. Tal processamento além de facilitar a exposição dos nutrientes para melhor absorção, facilitar a colonização pelos microrganismos, também, pode ser feito de forma nada higiênica, deixando a desejar a qualidade microbiológica do produto, resultante do mau acondicionamento, transporte, manuseio dentre outros aspectos. Diante do exposto, o presente trabalho teve por objetivo, avaliar a qualidade microbiológica da farinha de linhaça comercializada a granel no mercado de São José, localizado na região metropolitana do Recife, através do isolamento e identificação das bactérias dos gêneros Bacillus spp., e Coliformes termotolerantes ( Escherichia coli ).Para o início do trabalho foram coletadas três amostras (α, β e γ) de três locais diferentes. Em seguida, foram retiradas alíquotas de 25g de cada amostra, e logo depois estas foram diluídas em diluições decimais de até 10^-3 e inoculadas nos meios de cultura específicos para Bacillus e Coliformes termotolerantes ( E. coli ). Os experimentos foram realizados em duplicata. As leituras foram feitas com períodos de 24/48 horas, obedecendo as necessidades de cada meio. A contagem para Coliformes termotolerantes variou de 240 NMP/g à > 1.000 NMP/g , e confirmativo para E. coli em 100% das amostras estudada, já para Bacillus spp., a variação foi de 1.10⁴ UFC à 5,55.10⁵ UFC. Os resultados encontrados sugerem que as etapas de processamento e armazenamento são feitos de forma precária, deixando a desejar a qualidade microbiológica da farinha de linhaça pronta para a comercialização. Palavras-chaves: Farinha de linhaça, qualidade microbiólogica, Bacillus spp, Coliformes termotolerantes.