XXI ALAM
Resumo:525-1


Poster (Painel)
525-1QUALIDADE DO ÓLEO DE MUCOR SPP. ISOLADO DE LAGOA DE ESTABILIZAÇÃO DE DEJETOS SUÍNOS PARA GERAÇÃO DE BIODIESEL
Autores:Rodrigo Moreira (IF GOIANO - Instituto Federal Goiano - Câmpus Rio Verde) ; Jadson Belém Moura (IF GOIANO - Instituto Federal Goiano - Câmpus Rio Verde) ; Edson Luiz Souchie (IF GOIANO - Instituto Federal Goiano - Câmpus Rio Verde) ; Carlos Frederico Souza Castro (IF GOIANO - Instituto Federal Goiano - Câmpus Rio Verde) ; Leonnardo Cruvinel Furquim (IF GOIANO - Instituto Federal Goiano - Câmpus Rio Verde) ; Thaís Deodato Cabral (IF GOIANO - Instituto Federal Goiano - Câmpus Rio Verde)

Resumo

QUALIDADE DO ÓLEO DE MUCOR SPP. ISOLADO DE LAGOA DE ESTABILIZAÇÃO DE DEJETOS SUÍNOS PARA GERAÇÃO DE BIODIESEL A extração de óleo e geração de biodiesel a partir da biomassa de isolados fúngicos tem despertado crescente interesse da comunidade científica mundial, pois há isolados que superam o potencial de produção de óleo de espécies vegetais oleaginosas. No Sudoeste Goiano, em escala industrial, há a produção de suínos. Consequentemente, alto é o impacto ambiental ocasionado pelos dejetos produzidos pelas granjas suinícolas. Tais dejetos podem servir de substrato para a multiplicação de fungos oleaginosos. Objetivou-se avaliar a qualidade do óleo extraído da biomassa fúngica, por meio de cromatografia de camada delgada, do isolado fúngico Mucor spp., obtido de lagoa de estabilização de dejetos de suínos, visando à geração de biodiesel. O isolado fúngico Mucor spp. foi obtido de lagoa de estabilização de dejetos suínos, na região Sudoeste Goiana, utilizando o meio GL (glicose, extrato de levedura e ágar). O teor de óleo da biomassa fúngica do isolado foi determinado pela metodologia oficial, com quatro repetições. Especificamente, 10 g de biomassa fúngica foram secadas em estufa de circulação forçada de ar (40 oC, por 24 h), separadas e transferidas para um aparelho de extração tipo Soxhlet. Foram adicionados cerca de 250 mL de hexano (razão massa:volume de 1:25) e mantidos sob aquecimento constante, durante 8 h. O solvente foi destilado sob pressão reduzida em um evaporador rotativo e o teor percentual de óleo foi determinado em relação à biomassa. O óleo deste isolado fúngico (teor equivalente a 44,4%) apresentou uma característica mais próxima da produção de biodiesel, com a transesterificação completa, não sendo observado o sinal referente aos produtos saponificados. Igualmente, não foram observados triglicerídeos e ácidos graxos, porém, foram detectados ésteres, o que confirma a reação de transesterificação do óleo microbiano. No óleo fúngico, foram detectados os seguintes ácidos graxos: palmítico (14,8%), palmitoléico (0,9%), esteárico (18,5%), oléico (39,5%), linoléico (16,6%), linolênico (3,6%), araquídico (1,3%), gadoleico (0,3%), behênico (1,8%), erúcico (0,3%) e nervônico (2,3%). O isolado Mucor spp. utiliza os dejetos de suínos como fonte de substrato, e o óleo de sua biomassa, pelo seu teor e qualidade, pode ser utilizado na geração de biodiesel.


Palavras-chave:  BIODIESEL, BIOCOMBUSTÍVEIS, RESÍDUOS AGROPECUÁRIOS, FUNGOS OLEAGINOSOS, TRANSESTERIFICAÇÃO