XXI ALAM
Resumo:524-1


Poster (Painel)
524-1PRODUÇÃO DE BIOSSURFACTANTE POR LEVEDURA ISOLADA DE PÓLEN APÍCOLA DA REGIÃO AMAZÔNICA
Autores:Mitaliene de Deus Soares Silva (UFRPE - UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DE PERNAMBUCO) ; Ana Paula Pereira Santos (UFRPE - UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DE PERNAMBUCO) ; Maysa Caroline da Silva Ribeiro (UFRPE - UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DE PERNAMBUCO) ; Eduardo Francisco dos Santos (UFRPE - UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DE PERNAMBUCO) ; Polyanna Nunes Herculano (UFRPE - UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DE PERNAMBUCO) ; Leonie Asfora Sarubbo (UNICAP - UNIVERSIDADE CATÓLICA DE PERNAMBUCO) ; Maria Francisca Simas Teixeira (UFAM - UNIVERSIDADE FEDERAL DO AMAZONAS) ; Ana Lucia Figueiredo Porto (UFRPE - UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DE PERNAMBUCO) ; Keila Aparecida Moreira (UAG - UNIDADE ACADÊMICA DE GARANHUNS)

Resumo

Biossurfactantes são compostos bioativos produzidos por micro-organismos e que têm recebido crescente interesse nas últimas décadas pelas vantagens que possuem sobre os surfactantes químicos, tais como biodegrabilidade, baixa toxicidade, funcionalidade e estabilidade sob condições extremas de pH e temperatura. Os valores elevados de obtenção destes compostos tem estimulado o uso de fontes renováveis com a perspectiva de minimizar os custos de produção mantendo o padrão de atividade surfactante. Este trabalho tem a finalidade de produzir biossurfactante por leveduras utilizando fontes de carbono e nitrogênio residuais. A espécie de levedura foi isolada de pólen apícola da Região Amazônica. O pré-inóculo foi preparado em meio caldo Sabouraud e incubados a 200 rpm, 28 °C e 48 h. O meio de produção do biossurfactante foi avaliado segundo o planejamento estatístico Plackett-Burman, constituído das variáveis e níveis: óleo de soja residual 0,5 e 2,0%; milhocina 0,15 e 2,0%, uréia 0,1 e 0,4%; K2HPO4 0,03 e 0,1%; MgSO4.7H2O 0,02 e 0,04%; pH 6,0 e 8,0; temperatura 28 e 34 ºC; tempo de 96 e 144h; aeração 100 e 200rpm; oxigenação (razão quantidade de meio/capacidade do Erlenmeyer) 20 e 40% e tamanho do inóculo 105 e 108 UFC ml -1 sobre a tensão superficial (TS) em tensiômetro (utilizando-se anel de NUOY) do líquido metabólico livre de células e o rendimento observado após extração do biossurfactante com clorofómio-metanol 2:1(v/v). Pode-se observar que os menores valores de TS foram encontrados quando diminui-se a concentração de óleo de soja e a temperatura e aumenta-se a concentração de milhocina, sendo estas as variáveis estatisticamente significativas. A melhor condição de produção foi de 0,5% para o óleo de fritura, 0,15% de milhocina, 0,02% de MgSO4.7H2O, 28 ºC, 96h , aeração de 100 rpm e 0,4% de uréia, 0,1% de K2HPO4, 40% de oxigenação, 108 UFC ml-1 e pH 8,0. A TS do meio foi reduzida para valores médio de 28,3mN/m e rendimento de 4,09%. Pode-se concluir que é possível produzir biossurfactante pela levedura isolada de pólen apícola da Região Amazônica com baixa atividade surfactante e bom rendimento utilizando matéria-prima residual.


Palavras-chave:  Biossurfactante, Levedura, Resíduos, Pólen apícola, Amazônia