XXI ALAM
Resumo:516-2


Poster (Painel)
516-2Avaliação da atividade antioxidante de Pleurotus sajor-caju através de fermentação submersa utilizando vinhaça como meio de cultivo
Autores:Sérgio Sartori (ESALQ - USP - Escola Superior de Agricultura "Luiz de Queiróz" - USP) ; Luiz Fernando Romanholo Ferreira (CENA - USP - Centro de Energia Nuclear na Agricultura - USP) ; Mário Aguiar (CENA - USP - Centro de Energia Nuclear na Agricultura - USP) ; Georgia Bertoni Pompeu (ESALQ - USP - Escola Superior de Agricultura "Luiz de Queiróz" - USP) ; Paula Fabiane Martins (ESALQ - USP - Escola Superior de Agricultura "Luiz de Queiróz" - USP) ; Ricardo Antunes de Azevedo (ESALQ - USP - Escola Superior de Agricultura "Luiz de Queiróz" - USP) ; Regina Teresa Rosim Monteiro (CENA - USP - Centro de Energia Nuclear na Agricultura - USP)

Resumo

A vinhaça é um sub-produto agroindustrial que apresenta coloração escura e um elevado potencial poluente quando disposto no ambiente. Embora o efeito da vinhaça sobre o crescimento de microrganismos tenha sido investigado, a resposta de enzimas antioxidantes de Pleurotus sajor-caju não está bem documentada. O fungo foi crescido por fermentação submersa em meio de vinhaça 100% e em meio controle MSF (meio sintético para fungos) por 6, 9 e 12 dias de crescimento, objetivando correlacionar os períodos de atividade máxima de enzimas ligninolíticas, como a lacase e a manganês peroxidase com a atividade de Catalase (CAT). Após a extração e determinação de proteínas totais pelo método de Bradford (1976), a atividade de catalase foi determinada como descrito por Kraus et al. (1995), com algumas modificações conforme Azevedo et al. (1998) por espectrofotometria. Em temperatura de 25 ºC, a atividade foi determinada em uma solução de reação formada por 1 mL de tampão fosfato de potássio 100 mM (pH 7,5) e 0,025 mL de peróxido de hidrogênio (25%), a qual foi preparada no momento do ensaio. A reação foi iniciada com 25 µL de extrato protéico, sendo a atividade determinada através da decomposição de peróxido de hidrogênio, monitorada por 1 min. através de alterações na absorbância a 240 nm. Os resultados foram expressos em mmol/minuto/mg de proteína. A partir do processo de biodegradação da vinhaça, esta desencadeou o processo de estresse oxidativo no fungo, fato observado através da elevação da atividade da enzima antioxidante CAT, associada a mecanismos de detoxificação de espécies ativas de oxigênio geradas durante o processo de biodegradação. O aumento na atividade de CAT sugere que a vinhaça induz a formação de espécies ativas de oxigênio (EAOs) no interior do micélio e este mantêm a homeostase mediante ao ataque celular pelas EAOs induzidas pela degradação de vinhaça.


Palavras-chave:  Vinhaça, Pleurotus sajor-caju, Catalase, Biodegradação