XXI ALAM
Resumo:515-2


Poster (Painel)
515-2Estudo comparativo de dois métodos para a detecção de biofilme de Bacteroides fragilis
Autores:Ana Catarina Martins Reis (UFC - UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARA) ; Janice Oliveira Silva (UFC - UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARA) ; Adriana Queiroz Pinheiro (UECE - UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CEARA) ; Cibele Barreto Mano de Carvalho (UFC - UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARA)

Resumo

Bacteroides fragilis é a bactéria anaeróbia mais isolada em infecções intra- abdominais. Vários fatores contribuem para sua patogenicidade, entre eles a sua capacidade de adesão à superfície celular e a formação de biofilme. Espécies bacterianas formadoras de biofilme estão relacionadas com diversas infecções que acometem homens e animais. O objetivo desse trabalho foi verificar e comparar a formação de biofilme de B. fragilis pelo método de Agar Vermelho Congo (AVC) e microplaca (Cristal Violeta). Nesse estudo foram avaliadas 13 cepas provenientes de fezes de cães saudáveis. As fezes foram coletadas na Clinica Veterinária da Universidade Estadual do Ceará e os experimentos foram realizados no Laboratório de Bacteriologia da Universidade Federal do Ceará. As cepas foram identificadas por métodos bioquímicos- fisiológicos. O teste do AVC foi executado como descrito na literatura e para sua interpretação uma escala colorimétrica foi utilizada. Para a detecção de biofilme pelo método de microplaca (fundo chato/ 96 poços), as cepas foram cultivadas em BHI suplementado (BHIS). Cada poço da microplaca foi preenchido com 20 µl de cultura (48h/0,5 McFarland) e 180 µl de BHIS adicionado 1% de glicose. Como controle negativo foi utilizado BHIS com 1% de glicose (sem adição de bactérias). As placas foram incubadas anaerobicamente (48h/37ºC), lavadas com PBS e foi adicionado em cada poço 200 µL de cristal violeta 0.01%. Após 20 minutos, o cristal violeta foi removido e as placas foram novamente lavadas. O cristal violeta foi solubilizado com etanol a 95%, e a densidade óptica foi lida a 540nm. Foi observado pelo método do AVC que 04 (30,76%) dos isolados apresentaram colônias de cor preta cristalina com consistência seca (alto produtor de biofilme), 04 (30,76%) colônias pretas com consistência intermediária (produtor moderado de biofilme), 04 (30,76 %) colônias pretas com aparência mucóide (fraco produtor de biofilme), e 01 (7,7%) apresentou colônias de cor de rosa/bordô (não produtora de biofilme). Quanto à capacidade das cepas em aderir a microplacas, foi verificado que 08 (61,5%) cepas foram capazes de produzir biofilme. Comparando os dois métodos, observou-se que o AVC foi de fácil execução e rápido, porém difícil de ler e classificar resultando em cinco isolados falsos positivos. O método de microplaca apresentou maior sensibilidade na detecção de biofilme.


Palavras-chave:  Bacteroides fragilis, biofilme, Agar Vermelho Congo (AVC), microplaca (Cristal Violeta)