XXI ALAM
Resumo:512-1


Poster (Painel)
512-1Avaliação da diversidade genética e da expressão da adesina NadA de isolados de Neisseria meningitidis no Brasil. Implicações na produção de vacinas.
Autores:Ivano de Filippis (FIOCRUZ- INCQS - FIOCRUZ- INCQS( Instituto Nacional de Controle de Qualidade) ; Sara Ferreira Serrano (UEZO - Centro Universitário Estadual da Zona OesTe / FIOCRUZ- INCQS - FIOCRUZ- INCQS( Instituto Nacional de Controle de Qualidade)

Resumo

Introdução: A Neisseira meningitidis (Nm) ou meningococo é uma bactéria Gram negativa responsável pela Doença Meningocócica (DM) em crianças e adultos jovens, podendo causar surtos e apresentando alta taxa de mortalidade. Cerca de 90% dos casos de DM são causados por 5 sorogrupos: A, B, C, W135 e Y para os quais existem vacinas eficazes menos para o sorogrupo B, por causa da baixa imunogenicidade de seu polisacarídeo. Para superar esse obstáculo, estão sendo desenvolvidas novas vacinas contendo proteínas da membrana externa do meningococo. Uma dessas proteínas é a adesina NadA, que é encontrada na maioria dos clones hipervirulentos da Nm. O objetivo do presente estudo é avaliar a ocorrência e a diversidade genética do gene nadA e analisar a expressão da proteína NadA em cepas de Neisseira meningitidis B e C isoladas no Brasil. Metodologia As cepas de Nm utilizadas no estudo foram obtidas da Coleção de Microrganismos do INCQS/FIOCRUZ. Os isolados foram cultivados e o crescimento obtido foi utilizado para a extração e purificação do DNA genômico para as reações da PCR. O gene nadA foi amplificado através da reação da PCR utilizando-se iniciadores específicos. Os produtos da PCR foram purificados para posterior seqüenciamento. Resultados e Discussão Foram analisados até o momento 34 isolados de Nm. Destes, 8 (23%) apresentaram o gene da nadA através da reação da PCR. Entre as amostras das quais foi amplificado o nadA 75% pertenciam ao complexo clonal (CC) CC32 e 12,5% ao CC41/44. De acordo com estudos recentes, a NadA somente é expressada em cepas pertencentes aos CC32, CC11 e CC8, no entanto nós encontramos o gene em uma cepa pertencentes ao CC41/44. A presença do gene não significa que ele pode estar expressando a proteína em condições normais, portanto as cepas das quais foi possível amplificar o nadA serão submetidas a uma reação de RT-PCR para confirmação da expressão da proteína. Conclusões A distribuição do gene nadA entre cepas isoladas no Brasil, difere do que é atualmente encontrado em outros países, pois a presença do gene nunca foi descrita em cepas do CC41/44. Estudos da expressão da NadA entre as cepas onde o gene foi encontrado, poderão esclarecer a ocorrência real dessa proteína entre os isolados do Brasil, trazendo dados importantes para adoção das novas vacinas protéicas já em teste clínicos que deverão ser adotadas no país em um futuro próximo.


Palavras-chave:  adesina, meningococo, Neisseria meningitidis, vacina