XXI ALAM
Resumo:509-2


Poster (Painel)
509-2AVALIAÇÃO DA ATIVIDADE ANTIFÚNGICA DE EXTRATO E FRAÇÃO ENRIQUECIDA DE SAPONINAS DOS FRUTOS DE MATE (Ilex paraguariensis)
Autores:Renata Cougo Moraes (UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul) ; Fernanda Émeli Klein Silva (UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul) ; Vanessa Pittol (UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul) ; Bruna Pires (UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul) ; Pedro Ernesto de Resende (UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul) ; George González Ortega (UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul) ; Alexandre Meneghelo Fuentefria (UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul)

Resumo

Introdução: Ilex paraguariensis A. St. Hil. (Aquifoliaceae) é uma espécie nativa da América do Sul, conhecida como mate. As atividades biológicas como estimulante, diurética, antiinflamatória, entre outras, são atribuídas as metilxantinas, polifenóis e saponinas presentes em folhas. Entre os poucos estudos sobre os frutos do mate, cabe destacar o elevado teor de saponinas, superior ao relatado para folhas, com prevalência de derivados triterpênicos dos ácidos ursólico, oleanólico, pomólico e acetilursólico. Para as saponinas de mate tem sido relatado atividades espumógena, leve atividade imunoadjuvante e, mais recentemente, efeito anti-obesidade acompanhado de inibição da lipase pancreática. Entretanto, até o presente não há estudos sobre a atividade antifúngica para saponinas dessa espécie. Objetivo: Avaliar a atividade antifúngica do extrato bruto e frações enriquecidas de saponinas (FES) dos frutos de mate. Metodologia: Frutos secos de erva-mate foram macerados com EtOH 40%, na proporção de 1:10 (m/m), por 40 min, seguido de turbólise por 15 min, à 11.000 rpm, evitando sobreaquecimento (extrato bruto). Este extrato foi fracionado sobre resina polimérica hidrofóbica, utilizando metanol e água em gradiente decrescente de polaridade. O screening da atividade antifúngica foi realizado de acordo com os documentos M27-A3 para leveduras e M38-A2 (CLSI-Clinical and Laboratory Standards Institute, 2008), com modificações. Para isso, foram submetidas ao ensaio de susceptibilidade sete espécies leveduriformes e seis espécies de dermatófitos, utilizando-se duas cepas de cada espécie, em triplicata, com repetição em dias diferentes. A concentração das amostras testadas foi de 500 µg/mL. Resultados: Tanto o extrato quanto a FES foram capazes de inibir o crescimento das espécies de C. krusei, C. glabrata, C. albicans, Trichophyton rubrum e Epidermophyton floccosum. Foi possível observar uma melhor inibição para Trichophyton rubrum e C. krusei, enquanto que C. albicans foi mais suscetível ao extrato. Conclusão: O extrato e a FES de Ilex paraguariensis apresentaram atividade antifúngica na concentração de 500 µg/mL contra as espécies supracitadas. Estudos complementarem se encontram em fase de andamento, a fim de estabelecer valores de Concentração Inibitória Mínima e efeito sinérgico com antifúngicos de uso clínico.


Palavras-chave:  ANTIFÚNGICOS, Ilex paraguariensis, SAPONINAS