XXI ALAM
Resumo:487-3


Poster (Painel)
487-3ATIVIDADE ANTIMICÓTICA SELETIVA DE SAPONINAS DE SEMENTES DE Chenopodium quinoa
Autores:Aline Jacobi Dalla Lana (UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul) ; Simone Gasparin Verza (UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul) ; Renata Cougo Moraes (UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul) ; Bruna Pippi (UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul) ; Vanessa Zafaneli Bergamo (UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul) ; Alexandre Meneghello Fuentefria (UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul) ; George Gonzalez Ortega (UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul)

Resumo

INTRODUÇÃO: Chenopodium quinoa (quinua ou quinoa) é uma espécie herbácea amplamente difundida na região andina. As semestes são recomecidamente ricas em proteínas, aminoácidos e minerais. As cascas das sementes contém elevados teores de saponinas, sendo recomendada sua remoção antes do seu consumo como alimento. Há poucos relatos na literatura sobre a atividade entifúngica de saponinas de quinoa. Nesse sentido merece destaque a atividade antifúngica contra Candida albicans e Botrytis cinerea. Contudo, há carência de dados mais especificos sobre as substâncias responsáveis por ambas atividades. O presente trabalho tem como finalidade avaliar a atividade antifúngica contra algumas leveduras e fungos filamentosos com duas frações enriquecidas de saponinas de quinoa: FQ70 e FQ90. MATERIAIS E MÉTODOS: As frações FQ70 e FQ90 foram obtidas a partir de um extrato hidroetanólico. A atividade antifúngica das saponinas de quinoa e medicamentos de referência foram avaliados pelo teste de susceptibilidade, seguido da determinação da concentração inibitória mínima (CIM). O teste de susceptibilidade foi realizado segundo diretrizes do Clinical and Laboratory Standar Institute (CLSI, 2008). As saponinas foram testadas na faixa de concentrações de 0,9 a 500 μg/mL. Terbinafina, anfotericina B, miconazol e anidulafungina foram utilizados como controle positivo de inibição, variando de 0,25-32 μg/mL. Os ensaios foram realizados em duplicada em microplacas de 96 poços, incubadas a 32 °C, por 48 h para os fungos leveduriformes, e por sete dias para os filamentosos. DISCUSSÃO DOS RESULTADOS: Ambas as frações foram inativas contra as leveduras testadas, entretanto, inibiram o crescimento de todos os dermatófitos avaliados. FQ70 inibiu os microrganismos com CIM de 125 μg/mL, enquanto FQ90 inibiu dermatófitos com CIM entre 62 e 250 μg/mL. FQ 90 mostrou maior atividade contra o M. gypseum e menor contra T. mentagrophytes. A diferença entre a atividade antifúngica FQ70 e FQ90 parece estar relacionado com características específicas das composições químicas. FQ90 inclui triterpenos adicionais do ácido oleanólico e os hederagenina que estão ausentes em FQ70. CONCLUSÃO: Os resultados obtidos foram relevantes contra um grupo de fungos importância na clínica, os dermatófitos, sendo a FQ70 a fração que apresentou maior atividade.


Palavras-chave:  Chenopodium quinoa, Saponinas, Atividade Antifúngica