XXI ALAM
Resumo:485-2


Poster (Painel)
485-2Pesquisa de bactérias patogênicas em máscaras de macrovaporização utilizados por pacientes da unidade de terapia intensiva de um hospital público da cidade de Juiz de Fora, MG.
Autores:Patrícia Guedes Garcia (SUPREMA - Faculdade de Ciências Médicas e da Saúde de Juiz de Fora) ; Josânia da Silva Lima (SUPREMA - Faculdade de Ciências Médicas e da Saúde de Juiz de Fora) ; Fernanda de Freitas Mello (SUPREMA - Faculdade de Ciências Médicas e da Saúde de Juiz de Fora) ; Jussara Silva Braga (SUPREMA - Faculdade de Ciências Médicas e da Saúde de Juiz de Fora) ; Ana Claudia de Oliveira Peter (SUPREMA - Faculdade de Ciências Médicas e da Saúde de Juiz de Fora)

Resumo

INTRODUÇÃO: A infecção hospitalar está entre as principais causas de morbidade e mortalidade, sendo a pneumonia responsável por grande parte dos óbitos relacionados à pacientes hospitalizados. A via mais comum de transferência de patógenos ocorre entre as mãos dos profissionais de saúde. Porém, artigos ou materiais hospitalares podem desempenhar importante papel na veiculação destes patógenos. MATERIAIS E MÉTODOS: Foi realizada a pesquisa do crescimento microbiano em 15 máscaras de macrovaporização utilizadas por pacientes da unidade de terapia intensiva de um hospital público da cidade de Juiz de Fora, MG, em 2011. As amostras foram coletadas com Swabs estéreis, posteriormente semeados em Ágar sangue de carneiro 5% e Ágar MacConkey, as colônias foram submetidas às provas bioquímicas e fisiológicas de identificação. O teste de sensibilidade aos antimicrobianos foi realizado para os isolados bacterianos mais relacionados às infecções pulmonares em pacientes hospitalizados. RESULTADOS E DISCUSSÃO: Houve crescimento microbiano em 14 das 15 máscaras analisadas. Observou-se 44% de isolados de Staphylococcus sp coagulase negativo, 19% de Staphylococcus aureus, 13% de Klebsiella pneumoniae, 6% de Streptococcus sp e 6% de Pseudomona aeruginosa. Em relação às cepas de S. aureus observou-se resistência de 66,6% à oxacilina, ampicilina, clindamicina, claritromicina, ceftriaxona e ciprofloxacino, 100% de resistência à penicilina e 100% de sensibilidade a gentamicina, linezolida, cloranfenicol e tetraciclina. A sensibilidade das cepas de K. pneumoniae foi de 100% amicacina, 50% de resistência intermediária ao cefepime, 50% de resistência a gentamicina, ceftazidima, piperacilina/tazobactam, meropenem, imipenenem, ceftriaxona e 100% de resistência ao ciprofloxacino, aztreonam, amoxilina/clavulanato, ampicilina/sulbactam e cefalotina. Com relação à P. aeruginosa observou-se resistência de 100% à gentamicina, ciprofloxacino, amicacina, ceftriaxona e 100% sensibilidade ao meropenem, aztreonam, ceftazidima, piperacilina/tazobactam, imipenem e cefepime. CONCLUSÃO : As máscaras de macrovaporização podem servir como reservatório para patógenos respiratórios associados à pneumonia hospitalar. Staphylococcus aureus, Klebsiella pneumoniae e Pseudomonas aeruginosa são de grande prevalência no ambiente hospitalar e apresentam altas taxas de resistência aos antimicrobianos.


Palavras-chave:  Infecção hospitalar, pneumonia, máscaras de macrovaporização