XXI ALAM
Resumo:477-2


Poster (Painel)
477-2INCIDÊNCIA DE Aspergillus SEÇÃO Nigri EM CINCO VARIEDADES DE UVAS TINTAS DA REGIÃO VITIVINÍCOLA TROPICAL DO BRASIL
Autores:Thamara Braga (UFLA - Universidade Federal de Lavras) ; Fabiana Reinis Franca Passamani (UFLA - Universidade Federal de Lavras) ; Noelly Alves Lopes (UFLA - Universidade Federal de Lavras) ; Luis Roberto Batista (UFLA - Universidade Federal de Lavras) ; Giuliano Elias Pereira (EMBRAPA SEMIÁRDO - Embrapa Semiárido)

Resumo

A colonização de espécies de Aspergillus Seção Nigri em uvas durante o cultivo e no período de pós-colheita vem sendo relatado como a principal fonte de ocratoxina A em vinhos. A produção desse metabólito é influenciada pela genética dos microrganismos, pelas condições climáticas, pela variedade da uva e pelo sistema de cultivo. As medidas para o controle desses fungos devem considerar esses pontos críticos de controle. Nesse sentido o presente estudo teve como objetivo avaliar a incidência e o potencial toxigênico de fungos Aspergillus Seção Nigri, isolados de cinco variedades de uvas tintas. As amostras de uvas foram coletadas na região vitivinícola do Vale Submédio São Francisco em 2011. Para o isolamento dos fungos foi utilizada a técnica de plaqueamento direto para sementes e bagas, em meio DRBC, após a desinfecção superficial. Para o mosto, foi utilizada a técnica de diluição seriada. Após o período de incubação, os isolados foram purificados em MA a 25ºC por 7 dias. Em seguida as culturas puras foram transferidas para meio CYA e incubadas a 25ºC e 37ºC e MEA a 25ºC por 7 dias. A identificação das espécies foi realizada com o auxílio de manuais de identificação e a avaliação do potencial toxigênico foi pelo teste do Plug Agar. Para as bagas, a Aragonez foi a que apresentou o maior percentual de contaminação (100%) seguida por Marselan (80%), Alicante Bouschet (68%), Carmenére (46%) e M. Canelli (10%). Para as sementes, a Alicante Bouschet apresentou maior contaminação (78%), seguida por Aragonez (25%), Marselan (12%), M. Canelli (7%) e Carmenére (0%). Para o mosto, a variedade Alicante Bouschet foi a única que apresentou contaminação. Para as bagas, a espécie com maior incidência foi A. japonicus (90%) enquanto que para as sementes foi A. foetidus (83%), ambas para a variedade Marselan. Para o mosto a espécie de maior relevância foi A. carbonarius, na variedade Alicante Bouschet. Outras espécies identificadas foram: A. niger (9), A. niger Agregado (1), A. tubingensis (10) e A. aculeatus (9). Nenhum Aspergillus niger apresentou potencial toxigênico, entretanto, todos os A. carbonarius foram potencialmente ocratoxigênicos. Os resultados obtidos neste estudo indicam que as variedades Aragonez, Marselan e Alicante Bouschet estão mais suscetíveis a contaminação por Aspergillus Seção Nigri. As bagas apresentaram maior percentual de contaminação.


Palavras-chave:  Aspergillus seção Nigri, Ocratoxina A, Uvas