XXI ALAM
Resumo:458-1


Prêmio
458-1PRESENÇA DE DETERMINANTES DE RESISTÊNCIA AOS ANTIMICROBIANOS EM AMOSTRAS DE Staphylococcus saprophyticus ISOLADAS DE INFECÇÃO DE TRATO URINÁRIO
Autores:Viviane Santos de Sousa (UFRJ - UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO) ; Leif Sorenson (UC BERKELEY - UNIVERSITY OF CALIFORNIA BERKELEY) ; Rubens Clayton da Silva Dias (UNIRIO - Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro) ; Renata Fernades Rabello (UFF - UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE) ; Lee W. Riley (UC BERKELEY - UNIVERSITY OF CALIFORNIA BERKELEY) ; George F. Sensabaugh (UC BERKELEY - UNIVERSITY OF CALIFORNIA BERKELEY) ; Beatriz Meurer Moreira (UFRJ - UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO)

Resumo

Até os dias atuais, apenas genes de resistência aos β-lactâmicos, às quinolonas e aos macrolídeos foram identificados em amostras de Staphylococcus saprophyticus uropatogênicas. O presente estudo teve como objetivo investigar a presença de determinantes de resistência aos antimicrobianos já descritos no gênero Staphylococcus em amostras de S. saprophyticus responsáveis por infecção do trato urinário (ITU). No período de março/2005 a novembro/2006, 32 (16%) de um total de 204 mulheres com ITU atendidas em ambulatórios de dois hospitais da cidade do Rio de Janeiro apresentaram infecção por S. saprophyticus. A susceptibilidade aos antimicrobianos foi determinada por meio do teste de disco-difusão para 10 drogas, e por determinação da concentração mínima inibitória (CMI) para oxacilina, nas amostras resistentes à cefoxitina. A presença de determinantes de resistência foi investigada por PCR e sequenciamento, quando necessário. Foi observada resistência ao sulfametoxazol-trimetoprim (ST) em 12 amostras (37%), eritromicina em 11 (34%), penicilina em 9 (28%), cefoxitina em 4 (12%), gentamicina e norfloxacina em duas (6%), ciprofloxacina e clindamicina em uma (3%). A CMI para oxacilina variou de 0,5 a 1µg/mL. O gene dfr foi observado em todas as amostras resistentes ao ST e em cinco amostras susceptíveis. O gene ermC foi observado nas amostras resistentes à eritromicina (uma delas resistente também à clindamicina) e em 18 susceptíveis. Não foi detectada a presença de ermA, ermB, mecA, blaZ, e aac(6’)-Ie + aph (2"). Não foram observadas mutações nos genes gyrA e parC e nos genes que codificam PBP 1a, 2a, 3a e 4a. Esta é a primeira descrição do gene dfr, que codifica resistência a ST, em S. saprophyticus. A presença do gene ermC, que codifica resistência à eritromicina (uma droga não utilizada em tratamento de ITU) pode indicar que S. saprophyticus atua como reservatório de genes de resistência. A ausência dos determinantes de resistência aos β-lactâmicos sugere que alterações nos parâmetros de avaliação destes antimicrobianos sejam necessárias.


Palavras-chave:  Staphylococcus saprophyticus, Determinantes de resistência, Infecção de trato urinário