XXI ALAM
Resumo:435-1


Poster (Painel)
435-1O efeito do exercíco físico regular sobre a microbiota intestinal de ratos obesos.
Autores:Elisangela Gueiber Montes (UEPG - Universidade Estadual de Ponta Grossa) ; Claudia Regina Capriglioni Cancian (UEPG - Universidade Estadual de Ponta Grossa) ; Stefani Valéria Fischer (UEPG - Universidade Estadual de Ponta Grossa) ; Nayara de Carvalho Leite (UEPG - Universidade Estadual de Ponta Grossa) ; Jose Rosa Gomes (UEPG - Universidade Estadual de Ponta Grossa) ; Sabrina Grassiolli (UEPG - Universidade Estadual de Ponta Grossa) ; Luiz Antônio Esmerino (UEPG - Universidade Estadual de Ponta Grossa)

Resumo

INTRODUÇÃO: Evidências associam o perfil da microbiota intestinal ao estado pró-inflamatório da obesidade. Nosso estudo avaliou o efeito da natação no perfil da microbiota em ratos obesos. MATERIAIS E MÉTODOS: Ratos Wistar machos receberam injeções de MSG (Glutamato Monossódico - 4g/Kg de peso corporal) durante os primeiros 5 dias de vida. Controles (CON) receberam salina. Aos 21 dias foram divididos em Sedentários (S) ou Exercitados (E). A natação foi realizada 3 vezes/semana/30min. Aos 90 dias os animais foram sacrificados sendo coletada uma porção do intestino delgado e intestino grosso (2cm). Para o cultivo foi utilizado caldo BHI e placas com Agar Sangue e MacConkey. Sendo contadas Unidades Formadoras de Colônias (UFC) após identificação bioquímica e morfológica. Os dados foram analisados pelo Teste t de Student´s (p<0,05). DISCUSSÃO: Ratos MSG apresentam aumento de 253% no conteúdo de gordura em relação aos CON. A gordura inguinal diminui 35% em ratos MSG-E versus MSG-S. O tecido adiposo marrom aumentou 114% e 71%, respectivamente nos CON-E e MSG-E. Não houve diferença entre bacilos gram-negativos (BGN) e Cocos Gram-positivos (CGP) no intestino delgado e grosso entre CON-S e MSG-S. O exercício aumentou o número de UFC das BGN em 63% e 110% respectivamente no intestino delgado de CON e MSG. Para ambos os grupos a natação reduziu 53% e 36% o número de UFC dos CGP no intestino delgado, respectivamente em CON e MSG. A natação elevou 127% e 110% o número de UFC das BGN no intestino grosso, respectivamente em CON e MSG. Em ambos os grupos a natação promoveu queda de 54% no número de UFC dos CGP no intestino grosso. Não houve correlação entre o perfil da microbiota e depósitos de gordura nos MSG-S. No CON-S houve correlação entre o perfil da microbiota dos BGN no intestino grosso e os depósitos de gordura retroperitoneal (r=0,59), marrom (r=0,50) e perigonadal (r=0,65). Nos MSG-E houve correlação entre a microbiota do intestino delgado dos BGN e CGP e a gordura inguinal, r=0,50 e r=0,82. No intestino grosso do MSG-E houve correlação entre os BGN e as gordura inguinal (r=0,50) e marrom (r=0,65). Nos CON-E houve relação dos CGP no intestino grosso e as gorduras retroperitoneal (r=0,60), mesentérica (0,64) e perigonadal (r=0,68). CONCLUSÃO: Ratos MSG-S não apresentam alteração na microbiota intestinal. A natação favorece um perfil de microbiota equilibrado.


Palavras-chave:  obesidade, microbiota, MSG, exercício, gordura