XXI ALAM
Resumo:427-1


Poster (Painel)
427-1Suscetibilidade aos antimicrobianos e pesquisa de genes codificadores de fatores de virulência em E. coli isoladas de passeriformes silvestres confiscados do tráfico que serão submetidos a programas de soltura
Autores:Patricia Braconaro (FMVZ-USP - FMVZ-USP) ; Adriana Marques Joppert da Silva (DEPAVE - Departamento de Parques e Áreas Verdes de São Paulo) ; Thais Caroline Sanches (DEPAVE - Departamento de Parques e Áreas Verdes de São Paulo) ; Nilson Roberti Benites (FMVZ-USP - FMVZ-USP) ; André B. S. Saidenberg (FMVZ-USP - FMVZ-USP) ; Eveline Zuniga (FMVZ-USP - FMVZ-USP) ; Sandra Salaberry (FMVZ-USP - FMVZ-USP) ; Priscilla Anne Melville (FMVZ-USP - FMVZ-USP)

Resumo

O Brasil possui uma das mais ricas e diversificadas avifaunas do mundo a qual, entretanto, vem sofrendo constantes ameaças por parte do tráfico que atua na captura indiscriminada de aves promovendo redução significativa e preocupante de exemplares na natureza. Aves confiscadas do tráfico têm sido submetidas a programas de soltura atentando-se para que as mesmas não representem risco à população nativa. Os passeriformes silvestres apreendidos do tráfico podem carrear uma grande diversidade de micro-organismos dentre os quais E. coli. Foram objetivos do presente estudo a avaliação da suscetibilidade in vitro de 27 isolados de E. coli obtidos de suabes cloacais de passeriformes silvestres apreendidos do tráfico, frente a diferentes antimicrobianos utilizando-se o método de disco difusão, bem como a pesquisa de genes codificadores de fatores de virulência comumente detectados em E. coli enteropatogênica (EPEC), patogênica aviária (APEC) e uropatogênica (UPEC) nestas estirpes através da PCR. Observou-se multirresistência por parte de todas as estirpes avaliadas ocorrendo resistência a pelo menos 08 dos 23 antimicrobianos testados. Ampiclina e amoxicilina com ácido clavulânico foram os antimicrobianos frente os quais observou-se maior índice de resistência (100%), seguidos por cefalotina (92,6%), cefuroxima (92,6%) e tobramicina (88,9%). Observou-se sensibilidade frente ao cloranfenicol (100% das estirpes), norfloxacina (92,6%) e enrofloxacina (88,9%). Somente um dos isolados de E. coli foi positivo para presença do gene codificador de fímbria S (sfa), compatível com perfil de UPEC ou APEC. Nenhum dos isolados apresentou características condizentes com EPEC. Considerando-se a reduzida ocorrência dos genes codificadores de fatores de virulência estudados pode-se concluir que os passeriformes apreendidos do tráfico representam baixo risco potencial no tocante à transmissão de estirpes de EPECs, APECs e UPECs para outros animais ou mesmo para o ser humano. Por outro lado deve-se considerar o risco potencial de transmissão intra ou inter espécies de E. coli multirresistentes aos antimicrobianos bem como a introdução destes micro-organismos no ambiente. FAPESP


Palavras-chave:  passeriformes, escherichia coli, suscetibilidade antimicrobiana, epidemiologia