XXI ALAM
Resumo:420-1


Poster (Painel)
420-1Características de leveduras isoladas da mucosa vaginal de três grupos amostrais: assintomáticas, com candidíase vaginal primária e com candidíase vaginal recorrente.
Autores:Debora Moreira (ICB/USP - Instituto de Ciências Biomédicas da USP / CONTROLBIO - Controlbio Assessoria Técnica Microbiológica) ; Marcos Ereno Auler (UNI CENTRO - Universidade Estadual do Centro-Oeste / ICB/USP - Instituto de Ciências Biomédicas da USP) ; Vanessa Kummer Perinazzo Oliveira (ICB/USP - Instituto de Ciências Biomédicas da USP) ; Maria José Silveira (CONTROLBIO - Controlbio Assessoria Técnica Microbiológica) ; Fátima Regina Morais (FSP/ USP - Faculdade de Saúde Pública da USP) ; Luiz Jorge Fagundes (FSP/ USP - Faculdade de Saúde Pública da USP) ; Rosane C. Hahn (UFMT - UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO) ; Claudete Rodrigues Paula (ICB/USP - Instituto de Ciências Biomédicas da USP)

Resumo

Candidíase vulvovaginal é uma das queixas mais comuns atendidas na clínica médica. Nos últimos anos, com o aumento da frequência de espécies não-albicans, o número de casos em que há falha terapêutica aumentou consideravelmente, com isso, houve a necessidade de realização de pesquisas para se conhecer o perfil de susceptibilidade das leveduras presentes neste sítio anatômico. Objetivos: Identificar e traçar o perfil de sensibilidade e resistência amostras de Leveduras isoladas da mucosa vaginal de três grupos de mulheres: portadoras assintomáticas, com candidiase primária e com candidiase recorrente. Métodos: Foram realizadas coletas da mucosa vaginal de mulheres, atendidas no Posto de Saúde, da Faculdade de Saúde Pública, da USP. Todas as culturas positivas foram encaminhadas para o laboratório para identificação e realização de teste de sensibilidade “in vitro” aos antifúngicos, pelos métodos de Etest e em disco difusão (p/ nistatina). Resultados: No período de novembro de 2008 a maio de 2010 foram realizadas 258 coletas de mulheres com idade entre 14 e 77 anos. As 158 amostras de leveduras isoladas foram divididas em três grupos amostrais: 34% foram consideradas assintomáticas, 34% com candidiase primária e 32% com candidiase de repetição. As espécies isoladas foram C. albicans, C. glabrata, C. tropicalis, C. parapsilosis, C. kefyr, C. krusei, C. famata, C. lusitaniae, Rhodotorula rubra e Trichosporon sp. A porcentagem de amostras resistentes aos azóis foi baixa, com índices que variaram entre 3.7%, 5,1% e 5.6%, ao Cetoconazol, Fluconazol e Voriconazol, respectivamente. A resistência a Anfotericina B foi observada em 8.9% dos isolados e 8.2% foram não sensiveis a Caspofungina. O maior número de isolados resistentes foi observada em relação ao Itraconazol, com 15.8% de sensibilidade dose dependente ou resistente. Ao compararmos a resistência com os grupos amostrais, o grupo das mulheres com candidiase recorrente, causada por C. glabrata, foi o que apresentou maior resistência aos antifúngicos testados. Conclusão: Nossos dados sugerem que a realização da identificação da espécie da levedura pode ser de fundamental importância para nortear o tratamento da candidíase vulvovaginal, e, que os testes de sensibilidade “in vitro” podem ser uma ferramenta fundamental para os casos em que a mulher não responde ao tratamento realizado.


Palavras-chave:  Vulvovaginites, Leveduras, Diagnóstico diferencial, Candida spp, Antifúngicos