XXI ALAM
Resumo:416-3


Poster (Painel)
416-3EFEITO DA β-LAPACHONA NA INIBIÇÃO DE FATORES DE VIRULÊNCIA DE Staphylococcus aureus METICILINA-RESISTENTE (MRSA)
Autores:Andréa Neves Guedes Souza (UFPE - Universidade Federal de Pernambuco) ; Leonardo de Aquino Linhares (UFPE - Universidade Federal de Pernambuco) ; Luciana Macedo (UFPE - Universidade Federal de Pernambuco) ; Eulália Camelo Pessoa de Azevedo Ximenes (UFPE - Universidade Federal de Pernambuco)

Resumo

Introdução: Staphylococcus aureus resistente a meticilina (MRSA) são atualmente um grave problema de saúde pública. Este micro-organismo além de produzir diversos fatores de virulência tornando-o altamente patogênico, é resistente a vários antimicrobianos utilizados na clínica médica, restando poucas alternativas terapêuticas. Diante deste fato, torna-se urgente a busca por novos agentes antimicrobianos e nesta perspectiva, os compostos de origem vegetal têm sido alvo de várias pesquisas em todo o mundo. O objetivo deste estudo foi avaliar a atividade antimicrobiana da β-lapachona e sua possível ação inibitória sobre a biossíntese de catalase, hemolisinas e biofilme por cepas MRSA. Materiais e Métodos: A concentração inibitória mínima (CIM) da β-lapachona foi determinada frente a 12 cepas MRSA através da técnica de microdiluição em placas preconizado pelo Clinical and Laboratory Standard Institute (CLSI). Um inóculo padronizado em 106 UFC/mL foi posto em contato com a β-lapachona (0,5x CIM) e incubado por 24h a 37ºC. Controles positivos foram inseridos em todas as avaliações. A biossíntese de catalase foi avaliada semi-quantitativamente através do método descrito por Kubica. A determinação das hemolisinas extracelulares foi realizado pelo método descrito por Smith-Palmer. A formação de biofilme foi determinada por espectrofotometria como preconizado por Christensen e colaboradores.Resultados/Discussão: A CIM da β-lapachona variou de 8µg/mL a 32µg/mL e foi dependente da cepa de MRSA. A biossíntese dos fatores de virulência foi reduzida significativamente em todas as cepas MRSA expostas à β-lapachona. A atividade farmacológica das naftoquinonas concentra-se em seu núcleo orto e para-quinóide. Esta estrutura forma radicais superóxidos que acelera a hipóxia intracelular dos microrganismos. Conclusão: A β-lapachona possui atividade antiestafilocócica e foi capaz de reduzir a biossíntese de fatores de virulência das cepas MRSA. Assim, este composto pode ser incluído no arsenal de substâncias naturais bioativas com potencial de serem utilizadas como alternativa na terapêutica antimicrobiana contra MRSA. Ela também é uma candidata a protótipo para síntese de moléculas mais ativas e menos tóxicas.


Palavras-chave:  atividade antimicrobiana, β-lapachona, Staphylococcus aureus, virulência